| 28/02/2008 19h43min
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) confiscaram várias cartas escritas pelos três americanos reféns da guerrilha para o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e aos pré-candidatos ao cargo, os democratas Hillary Clinton e Barack Obama e o republicano John McCain. A informação foi transmitida nesta quinta-feira pelo ex-congressista colombiano Luis Eladio Pérez, libertado ontem pelos rebeldes junto a outros três ex-parlamentares.
Os guerrilheiros também ficaram com outras cartas dos reféns dirigidas a Nancy Pelosi, do Partido Democrata e presidente da Câmara de Representantes dos EUA, e a vários políticos da mesma bancada, afirmou Pérez, que portava todas as mensagens. Em entrevista concedida via telefone em Caracas, ele disse que os rebeldes o revistaram antes de libertá-lo e confiscaram as cartas e a corrente com a qual o mantinham amarrado.
— Trazia a corrente para que o mundo conhecesse o seu horror — disse o ex-legislador colombiano.
As mensagens estavam
assinadas pelos americanos Marc Gonsalves, Thomas Howes e Keith Stansell, funcionários do Pentágono que estão nas mãos das Farc desde 13 de fevereiro de 2003. Ainda segundo Pérez, os reféns enviaram mensagens aos jornais americanos The New York Times e Washington Post. Ele alertou para o fato de que os americanos vivem uma tragédia desde quando um juiz de Washington condenou Simón Trinidad, líder das Farc extraditado para os EUA, a 60 anos de prisão, dentro de um processo pelo seqüestro deles.
Pérez afirmou também que a guerrilha se movimenta pelas fronteiras da Colômbia com Brasil, Equador, Peru e Venezuela. Segundo o ex-congressista, os guerrilheiros também recebem explosivos, remédios e cremes dentais dessas nações.
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