| 28/02/2008 19h12min
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, somou sua voz à do colega francês, Nicolas Sarkozy , e pediu aos líderes da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) a libertação da ex-senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt. O pedido foi extensivo "a todos aqueles que têm a responsabilidade de criar a situação para que se produza a troca humanitária de uma vez por todas e que Ingrid e os outros prisioneiros possam recuperar sua liberdade também," afirmou, em clara referência ao governo colombiano.
— O mínimo que os argentinos podemos fazer hoje é celebrar e, creio que, toda a humanidade, a liberação de quatro reféns ontem — disse Cristina, destacando o relato das testemunhas sobre o estado de saúde de Ingrid Betancourt. — Não posso deixar de demandar, pedir, rogar mais uma vez pela liberação — afirmou comovida.
Os líderes da guerrilha também anunciaram que não haverá mais liberações unilaterais e voltaram a reivindicar a retirada
militar das zonas
colombianas onde se encontram para iniciar o diálogo sobre um acordo humanitário. Porém, o governo de Álvaro Uribe rejeitou a proposta.
Os quatro liberados ontem, Gloria Polanco, José Eduardo Géchem, Orlando Beltrán e Luis Eladio Pérez, também pediram ao governo colombiano que avance na busca de acordo de paz que permita liberar os reféns, alguns em estado de saúde agravado, como a ex-candidata à presidência. Logo depois de ser libertada, ainda no aeroporto de Caracas, Gloria defendeu a liberdade de todos, "particularmente a de Ingrid, que se encontra numa situação sumamente difícil". O governo francês também reiterou seu apelo para a liberação da ex-candidata presidencial na Colômbia.
— Chamo às Farc para liberarem imediatamente a Ingrid Betancourt, é uma questão de vida ou morte. É uma questão humanitária — afirmou Sarkozy, durante entrevista coletiva à imprensa na Cidade do Cabo, quando também disse que estava disposto "a ir pessoalmente buscar Ingrid na fronteira
entre Venezuela e
Colômbia, se essa for uma condição". Ele pediu ainda a ajuda do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para "usar toda sua influência e salvar a vida de Betancourt".
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