O ministro da Saúde José Gomes Temporão esclareceu nesta tarde, em entrevista coletiva, as principais dúvidas sobre os casos de febre amarela no país. Entre as declarações, o ministro destacou a atuação dos agentes de saúde dos Estados com focos da doença e garantiu que não há possibilidade de uma epidemia.

— Passa-se a impressão de que está acontecendo algo muito grave. Mas não é verdade. Não há risco de epidemia, pois estamos com todos os focos da doença controlados — ressaltou Temporão.

A coletiva foi marcada, ainda, pela explicação do ministro sobre a prevenção da doença. Segundo o Ministério da Saúde, não há necessidade de vacinação nos Estados que estão livres da ação do vírus (as regiões Norte e Centro Oeste, mais os Estados de Minas Gerais e Maranhão). Apenas aquelas pessoas que têm agendado uma viagem para os locais que constam casos da doença devem tomar a vacina.

— Não esquecendo que a dose tem um período de 10 dias para ser considerada eficaz. Não adianta tomar a vacina de manhã e pegar um avião à tarde achando que está salvo — disse o ministro, lembrando ainda que a vacina imuniza a pessoa por 10 anos.

O Distrito Federal receberá ainda nesta quarta mais 250 mil doses da vacina contra febre amarela para distribuição nos postos de saúde. Segundo Temporão, 100 mil doses serão enviadas à Secretaria de Saúde do DF. Às 18h30, chegarão mais 150 mil doses. O reforço, disse o ministro, virá de um lote de 2 milhões de doses da vacina liberadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

— Com esses 2 milhões que a Fiocruz liberou hoje (quarta) de manhã, estou seguro que vamos atender toda a demanda.

O secretário de Vigilância à Saúde, Gerson Penna, afirmou que atualmente existem oito casos em investigação em todo o país de pessoas internadas com suspeita de febre amarela.

Entre os dias 29 de dezembro e 7 de janeiro, pelo menos 230 mil pessoas foram imunizadas em postos de saúde do DF. O movimento ficou mais intenso depois da divulgação da notícia de que macacos foram encontrados mortos com suspeita da doença na região.

Nos últimos cinco dias, dois homens morreram em hospitais de Brasília após apresentarem sintomas semelhantes aos da febre amarela.

De acordo com Temporão, o Parque Nacional de Brasília, onde dois macacos foram encontrados mortos, supostamente com febre amarela permanecerá fechado. Ele não deu prazo para a reabertura do local.