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 | 04/07/2006 18h33min

O sonho do tetra continua vivo para a Itália

Com dois gols na prorrogação, italianos desbancam os donos da casa e chegam à final

A seleção italiana é a primeira finalista da Copa do Mundo de 2006. Depois de um empate em 0 a 0 no tempo normal, o time de Marcelo Lippi venceu a Alemanha por 2 a 0, com dois gols no final do segundo tempo da prorrogação, nesta terça, no Westfalenstadion, em Dortmund. A Itália espera agora pelo jogo desta quarta entre Portugal x França para saber quem será seu adversários na grande final de domingo, em Berlim.

O primeiro foi marcado pelo lateral-esquerdo Grosso, depois de receber belo passe de Pirlo, e o segundo foi de Del Piero, chutando na saída de Lehmann.

A Itália foi superior durante a maior parte dos 120 minutos de confronto. E que confronto. Um jogo digno de uma semifinal de Copa do Mundo.

Utilizando muito bem as laterais do campo e marcando sobre pressão os jogadores alemães, o time de  Marcelo Lippi conseguiu conter as principais jogadas do adversário e também chegava com certa freqüência ao ataque. 

Logo aos 16 minutos do primeiro tempo, Francesco Totti dominou pela meia esquerda e com um grande passe deixou Perrota na frente de Lehmann. O meio-campo italiano adiantou demais ao fazer o domínio e permitiu a defesa do goleiro alemão.

Outra boa chance dos italianos veio aos 30 minutos, depois de uma ótima jogada do lateral-esquerdo Grosso. Ele deu uma janelinha em Friedrich e cruzou rasteiro. Luca Toni chegou junto com o zagueiro, mas só conseguiu um escanteio.

Os donos da casa só conseguiram chegar com perigo aos 34 minutos. Podolski e Klose tabelaram nas proximidades da área italiana e a bola foi rolada até Schneider, que entrava livre pelo lado direito. O meia dominou com todo o carinho e soltou uma bomba, que passou raspando o poste de Buffon.

A Alemanha voltou melhor no segundo tempo e equilibrou um pouco a partida. Aos cinco minutos, Klose dominou na entrada da área, penetrou driblando os zagueiros e só parou quando Buffon abafou o ataque com uma ótima saída. Aos 18, mais uma boa oportunidade. Podolski recebeu de Schneider de costas para o gol. Dominou e girou violentamente para mais uma grande defesa do goleiro italiano.

A Itália respondeu com Perrota. O volante recebeu dentro da área e obrigou Lehmann a tirar de soco, salvando os alemães quase ao final dos 90 minutos.

Mas as grandes emoções do jogo ficaram para o tempo extra. Antes do primeiro minuto da prorrogação, Gilardino deixou um marcador para trás e se viu diante de Lehmann. O atacante conseguiu o desvio, mas a bola caprichosamente bateu na trave. Logo em seguida, após uma cobrança de escanteio, a bola sobrou para o lateral Zambrotta. Ele ajeitou para a perna direita e bateu forte no travessão da meta alemã.

A Alemanha teve sua chance nos minutos finais da primeira metade do tempo extra. Podolski cabeceou livre na frente de Buffon, mas a bola saiu pelo lado esquerdo.

A Itália já havia perdido duas oportunidades claras no segundo tempo da prorrogação. O jogo se encaminhava para a disputa nos pênaltis até que, depois de uma cobrança de escanteio, a bola parou nos pés de Andrea Pirlo. O jogador do Milan conduziu ela por poucos metros e com um toque magistral deixou o lateral-esquerdo Grosso em condições para o arremate. E o chute não poderia ter saído de forma mais perfeita. No ângulo de Lehmann. A torcida italiana explodiu com o grito de gol, enquanto o jogador italiano corria com lágrimas nos olhos comemorando o belo gol que fizera.

Os italianos ainda comemoravam quando Gilardino recebeu no mano a mano com o zagueiro alemão Metzelder. Ele segurou a bola por alguns instantes à espera de Del Piero, que passava em velocidade pela sua esquerda. O passe saiu na medida e o chute do jogador da Juventus de forma certeira, no canto esquerdo alto de Lehmann. Os donos da casa estavam eliminados da Copa do Mundo.

A Itália chega a mais uma decisão de Copa do Mundo. O time conta com a tradição de já ter sido três vezes campeã mundial, mas também com uma equipe que dá o bote na hora certa, marca muito forte e tem como seu grande mérito anular os pontos fortes dos adversários. França ou Portugal que se cuidem, a Azzura chega com muita força à decisão.

VINICIUS REBELLO
 
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