A Alemanha não conseguiu superar a escrita de nunca ter vencido a Itália – em cinco partidas, três vitórias italianas e dois empates – e acabou eliminada na semifinal do Mundial, em sua casa, nesta terça, em Dortmund, por 2 a 0. Fazia tempo que o técnico Klinsmann não aparecia tão abatido, porém se esforçou para ressaltar a grande vitória do grupo, de ter chegado à semifinal.   

– Fizemos uma grande participação, com um futebol arrojado e buscando sempre o ataque. Mas as competições são assim. Nem sempre vamos sair campeões. Quero  felicitar minha equipe porque mostrou caráter e fez de tudo para chegar à decisão. Porém, perdemos em dois lances, daqueles que fazem o futebol ser tão fascinante –  declarou o técnico.

A Itália fez seus dois gols no fim do segundo tempo da prorrogação. O feito da seleção de Marcelo Lippi foi ainda maior, considerando que jamais a Alemanha havia perdido em Dortmund, em 14 jogos.

– A Itália tem uma grande equipe, soube explorar bem as duas chances que tiveram na prorrogação e mereceram a classificação – admitiu Klinsmann.  

Na véspera do clássico europeu, o treinador alemão havia dado entrevista como se o objetivo já tivesse sido alcançado, mesmo que não avançassem à final.

– Nós  resgatamos a confiança do futebol do país. Estávamos desacreditados e impusemos respeito – disse Klinsmann.  

Orgulhava-se, por exemplo, de ter visto a Argentina, adversária eliminada nas quartas-de-final, fechar sua equipe e abrir mão da velocidade no ataque por ter, segundo ele, se adequado ao estilo de jogo da Alemanha. Na terça, no entanto, a Itália dominou a partida, enquanto a anfitriã do Mundial  pareceu assustada, recuada demais. Klinsmann não concorda.

– Nós fizemos uma boa partida, brigamos até o final, atacamos e saímos de cabeça erguida. É claro que é uma pena não irmos à decisão, mas isso acontece – analisou.