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 | 04/07/2006 20h27min

Portugal e Felipão querem fazer história contra a França

Vencedor do jogo desta quarta enfrenta a Itália na decisão do Mundial

Preferida dos torcedores brasileiros após o fracasso do time de Carlos Alberto Parreira, a seleção de Portugal tenta fazer história nesta quarta-feira. O time comandado pelo técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari encara a França às 16h (horário de Brasília) no Estádio de Munique buscando a sua primeira final de Copa do Mundo.

A geração de Figo e companhia está prestes a se tornar a mais vitoriosa da história do futebol português. Caso eliminem os franceses nesta quarta, a atual seleção portuguesa vai superar a geração comandada por Eusébio, que levou sua seleção ao terceiro lugar na Copa do Mundo da Inglaterra, em 1966.

Além dos portugueses, um brasileiro também pode entrar para a história. Campeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, Felipão pode disputar pela segunda vez uma final de Copa do Mundo e ter a chance de igualar o feito do italiano Vitorio Pozzo, único a conquistar o título duas vezes seguido, em 1934 e 1938.

– Agora que já estamos aqui, nos um jogo para decidir o título. Agora é possível sonhar, não temos mais tantos obstáculos pela frente – comentou Felipão.

As duas equipes entrarão em campo motivadas pela forma como asseguraram a classificação nas quartas-de-final. Portugal eliminou a Inglaterra nos pênaltis, após um 0 a 0 no tempo normal que se tornou uma batalha épica. Já os franceses superaram a Seleção Brasileira pela contagem mínima, mas pelo que Zidane mostrou naquele jogo, o resultado saiu barato para o time do Brasil.

Preocupado com a euforia que tomou conta dos torcedores portugueses, Felipão conversou com seus jogadores sobre a importância de encarar com muita seriedade o confronto desta quarta. Para ele, Portugal precisa se comportar como azarão, diante de um adversário com um histórico mais rico em Mundiais.

– Portugal entrou em campo como segunda força do seu grupo na primeira fase, já que o México foi cabeça-de-chave. Vencemos. Entramos como azarões contra Holanda e Inglaterra e ganhamos. Mas acho que a França continua sendo a favorita desta quarta-feira, pois tem mais tradição em Mundiais e isso pesa. Mas para ganhar os franceses vão enfrentar um grupo muito forte e que tem a grande decisão como objetivo principal – afirmou o técnico brasileiro.

O treinador desconversou ao ser perguntado se pensa em armar uma marcação especial sobre o meia Zidane, que desequilibrou contra a Seleção Brasileira. Mas se levarmos em consideração a trajetória do treinador desde a época em que dirigia o Grêmio, na segunda metade da década de 1990, é bastante provável que o craque francês vai receber uma marcação especial nesta quarta.

– O Zidane é um grande jogador e posso adiantar apenas que será muito bem vigiado dentro de campo. Mas isso não garante uma marcação individual. Precisamos lembrar que a França não é só Zidane. O Henry ficou livre contra o Brasil e vimos no que deu. O Ribery é outro craque. Todos precisam de muito cuidado – advertiu Felipão.

Como de hábito, o técnico faz mistério sobre a formação que vai a campo. Mas é provável que aconteçam apenas duas mudanças. O volante Costinha e o meia Deco, expulsos contra a Holanda e que cumpriram suspensão contra a Inglaterra, reaparecem nos lugares de Petit, suspenso, e de Tiago, que ficará como opção no banco de reservas. Apesar de algumas dores musculares, Figo e Cristiano Ronaldo estão confirmados.

Ao contrário de seu colega, o técnico da seleção da França, Raymond Domenech, evitou as especulações e já antecipou o a manutenção do time que bateu o Brasil no último sábado. O treinador acredita que não tem motivos para modificar a equipe, que fez uma grande exibição contra os pentacampeões.

– A essa altura da Copa do Mundo cada time realizou cinco jogos e todos conhecem a forma de jogar do outro. Com isso as variações são muito pequenas e envolvem mais aspectos táticos do que mudanças de nomes. Se confiamos em um grupo até aqui, e estamos classificados, não há motivo para grandes mudanças – justificou.

Mais uma vez, na véspera de um jogo decisivo, Zidane comentou a sensação de estar próximo de sua aposentadoria. Independentemente do resultado desta quarta, ele, se não for advertido com cartões, estará em campo no fim de semana, ou para decidir o título ou a condição de terceiro colocado do Mundial.

– Espero que esteja no palco da grande final, que seria uma despedida de gala. Mas acredito que já sou um vitorioso por estar nas semifinais em minha última Copa do Mundo – disse Zidane.

GAZETA PRESS E AGÊNCIA ESTADO
 
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