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Os Estados Unidos disseram nesta segunda, dia 22, que estão "muito preocupados" com o assassinato do líder do Hamas, xeique Ahmed Yassin, mas que Israel tem o direito de se defender contra o grupo "terrorista".
A morte do líder do grupo palestino, xeique Ahmed Yassin, que gerou promessa de vingança do Hamas contra Israel e os Estados Unidos, é outro importante revés para o plano de paz apoiado pelos norte-americanos, que já estava paralisado.
O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, pediu calma na região depois do assassinato e passou a responsabilidade para na Autoridade Palestina, a quem disse para "fazer tudo que puder para confrontar e desmantelar a organização terrorista".
– Estamos muito preocupados com os acontecimentos desta manhã em Gaza – disse McClellan. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean McCormack, disse que "Israel tem o direito de se defender".
O Ministro de Relações Exteriores israelense, Silvan Shalom, encontrou-se com o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, horas depois da operação militar e disse a repórteres que Washington não tinha envolvimento na decisão de matar o xeique.
– Estamos fazendo tudo o que podemos para coordenar nossas ações com a administração dos EUA, mas isso não inclui esta que foi tomada em Gaza – disse Shalom na Casa Branca. – O governo de Israel decidiu sozinho tomar essa decisão.
O encontro de Shalom com Cheney já estava marcado antes do assassinato acontecer. Shalom afirmou que o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, deve visitar os EUA nos dias 1º ou 14 de abril, para conversar com o presidente norte-americano, George W. Bush. No mês que vem, Bush também deve se reunir com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, para discutir o plano de paz, em seu rancho no Texas.
Em uma entrevista à CNN, Shalom negou que o assassinato fosse uma tentativa de agradar os membros linha-dura do gabinete de Sharon que se opõem aos planos de retirada dos colonos da Faixa de Gaza. Ele também disse que Israel não planeja matar o presidente palestino Yasser Arafat, como foi sugerido por alguns palestinos. Ele disse que o foco estava nos líderes do Hamas e do Jihad Islâmica.
Shalom disse que o ataque foi realizado para proteger os israelenses de Yassin, a quem chamou de o "padrinho dos suicidas". Ele disse que o assassinato poderia ajudar a deter outros líderes com a mensagem de que "eles pagarão por seus crimes, pagarão pelas instruções que dão aos suicidas".
A conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca, Condoleezza Rice e o porta-voz McClellan expressaram ampla solidariedade com Israel em sua luta contra o terrorismo.
– Temos que lembrar que o Hamas é uma organização terrorista e que o xeique Yassin esteve muito envolvido com o terrorismo – disse Rice.
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