| 22/03/2004 09h38min
O primeiro-ministro Ariel Sharon afirmou nesta segunda, dia 22, que Israel tem o direito de se defender contra o terrorismo. Sharon fez as afirmações no parlamento israelense horas depois de um bombardeio contra uma mesquita ter provocado a morte do líder espiritual palestino do grupo militante Hamas, Ahmed Yassin.
O premier ressaltou que a guerra contra o terror ainda não terminou, e garantiu que os confrontos só terão fim quando todos os líderes terroristas estiverem mortos. Logo após o ataque, na madrugada desta segunda, Israel ordenou o fechamento das entradas da Faixa de Gaza e da Cisjordânia para evitar o ingresso de palestinos revoltados na área de assentamentos judeus.
Militantes palestinos prometeram "enviar a morte para cada casa" em Israel como vingança pelo assassinato do xeique Ahmed Yassin. Em Gaza, onde Yassin foi assassinado, milhares de pessoas tomaram as ruas em demonstração de tristeza. Homens armados dispararam seu fuzis automáticos para o ar e atiraram pequenas bombas em sinal de fúria.
– Xeique Ahmed Yassin, descanse em paz. Eles nunca terão descanso. Enviaremos morte para cada casa, cada cidade, cada rua de Israel – gritavam os militantes através de alto-falantes na Cidade de Gaza.
Yassin e outras sete pessoas, incluindo dois guarda-costas, foram mortos quando helicópteros de Israel dispararam três mísseis contra o grupo do xeique de 67 anos, que deixava uma mesquita. Durante os protestos, palestinos pediram o assassinato de líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro, Ariel Sharon, e o ministro da Defesa, Shaul Mofaz.
O Hamas, que se dedica à destruição de Israel e exige a retirada do povo judeu de terras palestinas, matou centenas de israelenses em atentados suicidas desde o início da atual Intifada, em setembro de 2000. A Autoridade Palestina determinou três dias de luto oficial e ordenou uma greve geral para marcar a morte de Yassin.
Com informações da agência Reuters.
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