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A situação caótica instalada no Haiti depois da deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide suspendeu a distribuição de comida e de medicamentos no país. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou estar preocupada com o destino dos alimentos estocados em uma embarcação ancorada em Porto Príncipe (capital) e dos suprimentos médicos encontrados no aeroporto. Houve saques nos dois locais.
Rebeldes armados entraram na cidade nesta segunda, dia 1º, depois de Aristide ter fugido do país, no final de semana. Cerca de 80 pessoas morreram na revolta de 25 dias contra o líder haitiano.
– Toda distribuição de material de ajuda humanitária está congelada nesse momento. A situação ainda é muito caótica – disse Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários.
A Comissão Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) disse ter conseguido tirar de seu depósito, no aeroporto de Porto Príncipe, material médico suficiente para atender mil feridos. Os kits estavam sendo distribuídos para grandes hospitais. A ICRC também tenta ajudar os médicos a voltarem ao trabalho no hospital Canape Vert, na capital, depois de eles terem sido obrigados a suspender suas atividades na sexta-feira por causa da entrada de um grupo armado no local.
– A situação em Porto Príncipe é séria devido à interrupção dos serviços básicos, alguns dos quais enfrentavam dificuldades mesmo antes dessa crise – afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) em um comunicado.
O Programa Mundial de Alimentação, um órgão da ONU, não consegue há três semanas distribuir comida no norte do Haiti, região em que alimenta normalmente cerca de 268 mil pessoas. Outras 105 mil pessoas da capital dependem das doações de alimentos.
Com informações da agência Reuters.
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