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As Forças Armadas de Israel ordenaram nesta terça, dia 14, a expulsão de 15 prisioneiros palestinos da Cisjordânia para a Faixa de Gaza, na maior operação do tipo dos últimos três anos. A decisão, criticada pelo governo palestino, foi anunciada enquanto soldados israelenses realizavam uma nova incursão em um campo de refugiados de Gaza, ferindo ao menos 20 pessoas.
– Essa é uma obstrução flagrante de qualquer tentativa de retomada de um clima de tranquilidade – afirmou o primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, referindo-se à ordem de expulsão.
Os últimos acontecimentos elevaram ainda mais o nível de tensão na região, mesmo depois que políticos palestinos e israelenses realizaram um encontro não-oficial para tentar reavivar as negociações de paz, atualmente paralisadas.
O governo de Israel considerou a iniciativa um ato de diplomacia irresponsável. O presidente palestino, Yasser Arafat, mostrou-se cauteloso e disse que não boicotará "nenhuma tentativa de impor a paz".
Segundo as Forças Armadas, os 15 prisioneiros sujeitos à expulsão envolveram-se em "atividades terroristas" realizadas depois de setembro de 2000, quando se iniciou o levante palestino pela independência. Palestinos e grupos de defesa dos direitos humanos criticaram no passado tais deportações, que violariam leis internacionais. Israel diz que age em autodefesa para impedir futuros ataques.
A incursão de terça contra o campo de refugiados de Rafah foi a segunda em menos de uma semana no local. No domingo, concluiu-se uma operação de três dias na área, na qual foram mortos oito palestinos. As forças israelenses também demoliram 117 casas, em que moravam mil pessoas.
As operações militares de Israel intensificaram-se depois do atentado suicida do dia 4 de outubro, que deixou 20 mortos em Haifa.
Com informações da agência Reuters.
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