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 | 05/10/2003 20h21min

Liga Árabe pede para a ONU que interrompa ataques de Israel

Delegados condenam a ação israelense contra a Síria

Representantes permanentes da Liga Árabe pediram ao Conselho de Segurança da ONU neste domingo, dia 5, que atue para evitar ataques israelenses contra a Síria.  O conselho de delegados "pede ao Conselho de Segurança para intervir imediatamente para evitar que Israel mantenha suas políticas provocativas e agressivas contra a Síria'', segundo um comunicado divulgado após uma reunião de emergência para discutir o ataque deste domingo.

Além disso, o conselho pediu à Organização das Nações Unidas que "ponha um fim imediato ao estado organizado de terrorismo e às práticas dos ocupantes israelenses contra o povo palestino, assim como contra a Síria e ao Líbano'' para evitar a instabilidade na região.

O secretáro-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, havia dito mais cedo que as ações de Israel "refletem intenções agressivas contra todo o território árabe''. Os representantes árabes afirmaram que Israel deveria ser punido por qualquer conseqüência do ataque.

Os delegados condenaram o ataque israelense, dizendo que ocorreu em uma área civil. Israel disse que mirou um campo de treinamento perto da capital da Síria usado por militantes palestinos, incluindo a Jihad islâmica. A França e a Alemanha consideraram o ataque uma violação inaceitável das leis internacionais. A ministra espanhola dos Assuntos Exteriores, Ana Palacio, afirmou que não há tranqüilidade após a ação israelense.

Por sua vez, para o embaixador dos Estados Unidos na ONU, John D. Negroponte, a Síria está do lado errado na guerra contra o terrorismo. O embaixador israelense na ONU,  Dan Gillerman, disse que a Síria e o Irã atuam como protetores e financiadores de organizações terroristas como a Jihad Islâmica, o Hamas, o Hizbollah e a Frente Popular de Libertação da Palestina. Ele disse que o ataque israelense contra território sírio neste domingo foi um ato de defesa diante do atentado suicida que matou 19 pessoas na cidade israelense de Haifa no sábado. A Jihad islâmica assumiu a responsabilidade pelo atentado de sábado.

As informações são da agência Reuters.

 
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