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No segundo dia consecutivo de ataques, forças israelenses destruíram casas neste sábado, dia 11, num campo de refugiados na Faixa de Gaza. Médicos afirmam que dois palestinos ficaram feridos em confrontos isolados. Israel diz que a operação, a maior realizada em meses no campo de Rafah, na fronteira entre Gaza e o Egito, tem por objetivo encontrar túneis clandestinos que, segundo os israelenses, são usados pelos militantes para adquirir armamento antiaéreo.
O ataque aconteceu após o atentado à bomba que matou 20 pessoas na semana passada na cidade israelense de Haifa. Os moradores de Rafah afirmam que o exército israelense penetrou cerca de 150 metros no campo, posicionando soldados no telhado das casas. Um porta-voz dos militares disse que o exército continuará em Rafah o tempo que considerar necessário, indicando o prosseguimento da operação, diferentemente do que vem acontecendo nas ofensivas mais recentes em áreas palestinas.
Testemunhas palestinas afirmam que cerca de 30 famílias deixaram suas casas em Rafah e se refugiaram na biblioteca da cidade, tentando escapar dos violentos confrontos que mataram sete palestinos nesta sexta. Segundo os palestinos, pelo menos 10 casas foram destruídas durante a noite. Organizações de direitos humanos denunciam as demolições como punição coletiva. Israel alega que se trata de uma medida de dissuasão.
O exército afirma ter destruído cinco pontos usados por atiradores militantes em telhados de residências, além de ter derrubado casas onde foram encontrados três túneis nas últimas 24 horas. Nabil Abu Rdainah, assessor do presidente palestino Yasser Arafat, classificou a operação israelense como "um crime de guerra e uma catástrofe humana".
Dore Gold, conselheiro do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, defendeu os ataques dizendo que Israel foi novamente compelido a "fazer o trabalho que seria de responsabilidade da Autoridade Palestina". Na Cisjordânia, deve acontecer um encontro entre Arafat e o primeiro-ministro palestino, Ahmed Korie, que ameaçava deixar o cargo diante de uma suposta disputa de poder sobre as forças de segurança palestinas, um ponto crucial para a retomada dos acordos de paz.
As informações são da agência Reuters.
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