Carlos Guilherme Ferreira  |  carlos.ferreira@zerohora.com.br

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Como se aposenta no final do ano, devido à idade-limite de 45 anos, o árbitro Carlos Simon, três Copas no currículo, fará do Gre-Nal de domingo o último da carreira. Ao receber ZH, ontem, um Simon bem-humorado produziu fotos de bombachas e alpargatas.

– Ê, rapaz, parece que tá no pampa! – esbravejou.

Mas estava em casa, com a filha, Carla, estudante de Jornalismo e responsável pelo twitter oficial do pai (@simonapito). Ontem foram 7.811 seguidores que ficaram sabendo da entrevista de ZH.

Zero Hora – Será jogo de despedida do futebol ou só de Gre-Nal?

Carlos Simon – Encerro a carreira em dezembro. Despedi-me do Gauchão, dos jogos internacionais na final da Sul-Americana e, agora, me despeço do Brasileirão.

ZH – Você gostaria que sua última partida fosse um Gre-Nal?

Simon – Para mim, é indiferente. Já trabalhei em 19 Gre-Nais. Não pedi para ser escalado. Já são 18 jogos até o momento na Série A. Não se ouviu o nome do Carlos Simon envolvido em polêmica. Estou em grande fase, com 45 anos. Não estou preocupado com fulano, beltrano, o que diz A ou B. Apito com alegria, de peito aberto.

ZH – Você se arrepende de algo?

Simon – Não. Evidente que não tinha há 20 anos experiência e competência que tenho hoje. Tudo o que fiz foi no seu tempo. As pessoas podem dizer que o Simon errou aqui ou ali, mas jamais vão atacar a honra. Fui eleito presidente do Sindicato dos Árbitros e liderei a categoria. Sou exemplo dos meus filhos. Recebo retorno... pelo Twitter. Cometi meus equívocos, mas acertei mais do que errei.

ZH – Como aguentou os momentos difíceis?

Simon – A família é fundamental. Sempre suportei com tranquilidade. Em Gre-Nal um fala daqui e outro de lá. Até o 10º clássico, era unanimidade. Sempre foi um Estado marcado por Maragato e Chimango, PT e PMDB, e como era possível aceitar o Carlos Simon, né? Foi até o 10º. Sabia que não iria durar para toda a vida.

ZH – Quando insinuam que você favorecerá um time, qual é a sua resposta?

Simon – Como hoje é o Dia do Poeta, lembro do Mário Quintana, que dizia: “Eles passarão, eu passarinho”.

ZH – Você será comentarista de TV?

Simon – Tenho proposta de uma grande emissora do centro do país, da política, de seguir na arbitragem como instrutor Fifa, estou avaliando.

Leia mais trechos da entrevista e saiba mais sobre a repercussão da escolha de Carlos Simon para o Gre-Nal na edição desta quinta de Zero Hora.

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