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 | 19/10/2010 15h10min

Sindicância irá apurar liberação de adolescente envolvido em assaltos na Grande Florianópolis

Jovem recebeu habeas-corpus por apenas um dos delitos pelos quais responde

Diogo Vargas  |  diogo.vargas@diario.com.br

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O Departamento de Justiça e Cidadania (DJUC) abriu sindicância interna para apurar a liberação de um adolescente de 17 anos, em Florianópolis, que é apontado como sendo de alta periculosidade.

Ele é envolvido em uma série de crimes e teria sido beneficiado com habeas-corpus por apenas um dos delitos pelos quais responde. Mesmo assim, acabou saindo pela porta da frente do Plantão Interinstitucional de Atendimento (Pliat), no Bairro Agronômica, na noite desta sexta-feira, dia 15.

As informações oficiais divulgadas sobre a saída do adolescente ainda são poucas. Nem o DJUC e nem o Pliat sabem as reais circunstâncias das medidas judiciais que existem contra o adolescente.

O garoto é tido por policiais civis e militares e monitores do sistema educacional como um dos mais perigosos do Estado. Em junho deste ano, participou do grupo que assaltou o posto de combustíveis Nienköetter, em São José, que acabou com tiroteio e uma casa invadida na Avenida Ivo Silveira.

O gerente do Pliat, Nereu Manoel de Matos, disse que durante a apresentação do habeas-corpus foi verificado se havia outra medida judicial que o fizesse ficar apreendido, mas que nada foi encontrado. Segundo ele, o adolescente foi liberado por uma assistente social do Pliat.

Nereu disse que ainda não conversou com ela sobre o procedimento. O gerente considera que a princípio não houve falha e que o adolescente tinha direito à liberdade em razão do habeas-corpus.

O diretor do DJUC, Venicio Machado Pereira Neto, foi comunicado ontem do fato pelo Pliat. Venicio afirmou não saber se houve ou não falha na liberação e que uma sindicância foi aberta para apurar o fato.

Funcionários do sistema socioeducativo ouvidos pelo jornal Diário Catarinense — que não quiseram ser identificados — garantiram que o adolescente responde por vários atos infracionais na Grande Florianópolis e que não poderia ter sido liberado sem a consulta em todas as Varas da Infância das Comarcas e pela delegacia especializada.

Série de crimes

Além do assalto ao posto Nienköetter, o adolescente fez parte da quadrilha que assaltou o Supermercado Giassi, em São José, em maio deste ano. A loja do Bairro Campinas estava cheia quando houve o ataque. Os ladrões armados roubaram R$ 120 mil.

O mesmo garoto estava entre os cinco que fugiram do Pliat em julho com um carro oficial da Secretaria de Segurança Pública. Os infratores renderam os monitores e levaram uma espingarda calibre 12 e uma pistola .40 que estavam em um armário. Ele havia sido recapturado em setembro.

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