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O vice-presidente de patrimônio no Internacional, Emídio Ferreira, negou que o Beira-Rio esteja ameaçado de ficar fora da Copa do Mundo de 2014. Após rumores de que a Fifa não aceitou os modelos apresentados pela diretoria colorada, Ferreira espera uma próxima reunião com o Comitê Local Organizador para esclarecer a questão.
 
Segundo o dirigente, o Inter apresentou quatro modelos ao Comitê, mas os mesmos ainda não foram nem aceitos e nem negados. A Fifa ainda estuda o que recebeu.

– Nós entregamos a eles quatro projetos, que estão sendo avaliando agora. Temos um planejamento e vamos obedecê-lo.

Sobre as obras de rebaixamento do gramado, exigência da Fifa ao clube, Emídio comentou que a obra até é viável, mas que o custo benefício é o problema. No Beira-Rio, já há um exemplo de como ficarão as arquibancadas depois de reformado o estádio, bem mais altas que atualmente. Além disso, o dirigente comentou ainda que os cálculos podem ser refeitos.

– Eu posso recalcular a distância e a altura dos degraus. Não há necessidade de mudar o projeto porque a Fifa aumentou de 80 centímetros para um metro as placas de publicidade – argumentou.

Na África do Sul, sede da Copa do Mundo de 2010, estádios como o Estádio GreenPoint, da Cidade do Cabo, e o Estádio da Baía de Nelson Mandela, em Porto Elizabeth, não utilizaram as primeiras fileiras da arquibancada. E eram estádios construídos especialmente para o evento. O vice-presidente de patrimônio espera agora pela próxima reunião com o Comitê Local Organizador, ainda sem data definida, para comparar os projetos e argumentar a favor do projeto que prevê R$ 150 milhões de gastos. A conta da Fifa chega em R$ 200 milhões, e Ferreira quer saber porque.

– Não faremos um investimento maior para receber apenas três jogos. Nós, dirigentes, não somos donos do clube, e estamos fazendo a reforma para o torcedor. A cobertura, tudo, é para o torcedor do Inter.

Surpreso com as dúvidas quanto ao projeto do Beira-Rio apresentadas apenas agora, Ferreira não acredita na participação do Secretário extraordinário da Copa do Mundo, Eduardo Antonini, nos questionamentos ao projeto colorado. Antonini é um dos dirigentes mais atuantes na construção da Arena do Grêmio e integrará a direção de Paulo Odone a frente do Grêmio em 2011.

– O Antonini tem nos ajudado muito, ele é uma pessoa séria e íntegra, acredito na honradez e na honestidade dele. Nos alfinetamos às vezes pela rivalidade, mas fica apenas dentro de campo. Ele é um secretário de Estado muito correto.