Apesar da atuação sem brilho contra o modesto Irã, o técnico Mano Menezes viu evolução na Seleção Brasileira no seu segundo amistoso no comando do time. Para o treinador, o mérito do time foi não ficar preso na marcação do adversário, que não cedeu espaços aos brasileiros como a seleção dos Estados Unidos, no amistoso disputado em agosto.

— É importante que a gente enfrente adversários assim, que marcam forte. Contra um time fechado, você tem que acelerar mais o jogo, criar os espaços. O que é bom, faz o grupo evoluir — analisou.

 Apesar da atuação apagada, Brasil aplicou 3 a 0 com facilidade na fraca seleção do Irã

Para o técnico, o processo de renovação da Seleção Brasileira já está dando resultados logo nos primeiros meses de trabalho. Nesse sentido, a partida contra o Irã foi boa para observar alguns jovens jogadores que estão nos planos para a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, caso o Brasil consiga classificação.

— Nós temos primeiro que conquistar uma vaga. Mas, enquanto isso, é possível observar jogadores com uma possibilidade de futuro promissor, como Phillipe Coutinho, Giuliano, Sandro, Neto e outros. Os jogadores sabem o que estamos pensando deles — comentou.

Sobre a atuação do time em termos táticos e técnicos, o treinador afirmou que o forte calor de Abu Dhabi prejudicou o desempenho dos jogadores brasileiros e reconheceu que o time não foi tão bem com Carlos Eduardo na armação, desempenhando a função exercida por Paulo Henrique Ganso no contra os Estados Unidos.

— Coutinho e Robinho ficaram muito abertos lá na frente,  deixando o Carlos Eduardo isolado. O Carlos Eduardo não tem as mesmas características do Ganso, um jogador como o Ganso não nasce de um dia para o outro. O Carlos Eduardo é um jogador que sai mais para o lado para armar, enquanto o Ganso centraliza muito e espera a bola chegar.  Muda o jeito do meio-campo — explicou o técnico.