Geral | 05/08/2009 03h10min
A gripe A continua surpreendendo especialistas. As previsões de que o verão poderia inibir a propagação do vírus H1N1 estão sendo pulverizadas nos Estados Unidos, que enfrentam a pandemia desde abril.
Ontem, o placar do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA era de 353 mortes e 5.514 pacientes hospitalizados, em 47 Estados do país.
O avanço da gripe A nos EUA, em pleno verão no Hermisfério Norte, põe em alerta os infectologistas. A vice-presidente nacional da Sociedade Brasileira
de Imunizações (Sbim), Isabella
Ballalai, observa que a tendência norte-americana é própria das pandemias, quando a doença se espalha por continentes e até mesmo pelo planeta.
– É diferente da gripe comum, que é sazonal. Uma pandemia não respeita verão ou inverno, o vírus segue circulando – alerta Isabella.
Pediatra no Rio de Janeiro e especialista em contágio de viajantes, Isabella diz que o inverno facilita a transmissão do vírus. Mas avisa que a contaminação não depende do frio. E pondera que os médicos estão sempre aprendendo com a imprevisibilidade das pandemias.
A agressividade prolongada do H1N1 nos EUA inquieta as autoridades sanitárias gaúchas. Na segunda-feira, o secretário estadual da Saúde (SES), Osmar Terra, previu que o auge da gripe A no Rio Grande do Sul será na terceira semana deste mês. Depois, quando as temperaturas começarem a subir, a epidemia iria declinar.
Ontem, Terra manteve o prognóstico. Lembrou que a doença estabilizou, com o verão, em
outros países do Hemisfério Norte. Questionou se
os EUA não estariam atualizando dados represados, em função da demora na realização dos exames.
O infectologista André Luiz Machado da Silva, da Santa Casa de Porto Alegre, diz que a preocupação dos EUA é obter a vacina contra a gripe A até a chegada do inverno, porque o vírus está ativo
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