Nem todos os hospitais da Capital estão atendendo a determinação do governo estadual de suspender temporatiamente cirurgias e internações eletivas pelo SUS. Uma portaria assinada pelo secretário da Saúde Osmar Terra na sexta-feira — e que passa a valer a partir de hoje — prioriza o atendimento aos casos da nova gripe. A mesma medida foi recomendada para os hospitais privados do Rio Grande do Sul.

No Hospital Conceição, as cirurgias eletivas foram mantidas nesta manhã. A direção do grupo afirma que já abriu desde sábado 11 novas vagas na UTI, com o remanejamento de leitos. A instituição pretende cancelar o mínimo possível de cirurgias.

A Santa Casa, que realiza uma média de 80 cirurgias diárias pelo SUS, também manteve os procedimentos já marcados. Hoje à tarde, a administração vai se reunir com representantes da Saúde do Estado e do município para obter informações sobre a portaria do governo e debater que medidas vai tomar.

No Hospital de Clínicas as cirurgias que exijam muito tempo de internação estão sendo remarcadas. Procedimentos, exames e atendimentos eletivos já haviam sido reduzidos em 130% na semana passada. O Hospital São Lucas da PUCRS também deve manter as cirurgias agendadas, especialmente as de pacientes com câncer e as que necessitam internação.

Nesta tarde, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul vai ao ministério público pedir que a promotoria interfira na determinação do governo. A entidade quer que a portaria seja revogada e que sejam utilizados os leitos dos hospitais da Ulbra.

O secretário da Saúde informou que se algum paciente morrer por falta de leito em uti, por não terem sido desmarcadas cirurgias eletivas, o hospital será responsabilizado. Osmar Terra disse que essa medida é comum no inverno por causa da procura por atendimento de pacientes com gripe e problemas respiratórios.

Em relação aos hospitais da ulbra, ele ressaltou que já foram abertas algumas vagas. A abertura de outras depende da liberação do ministério da Fazenda por causa das dívidas da universidade com a união.

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