| 19/12/2008 13h50min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que está preocupado com a economia brasileira no primeiro trimestre de 2009 e que ainda este ano o governo deverá anunciar novas medidas para amenizar os efeitos da crise financeira internacional. Lula, no entanto, voltou a descartar o risco de recessão no país.
— Há mais medidas ainda este ano ou no ano que vem, mas não vou adiantar, porque medida econômica não se antecipa, senão a economia pára à espera do anúncio — disse durante café da manhã com jornalistas realizado tradicionalmente ao final de cada ano.
Segundo Lula, os setores que mais preocupam são aqueles que geram grande quantidade de empregos, como o automobilístico, o de construção civil, o agrícola e as pequenas e médias empresas.
O presidente respondeu a perguntas sobre queda de juros, e disse que "obviamente" haverá redução. Ele elogiou a política monetária, mas disse que precisa haver mudanças em épocas de crise:
— Até agora a política monetária foi acertada,
mas em época de crise não pode ficar do mesmo jeito. Mas o Meirelles [Henrique Meirelles, presidente do Banco Central] é um homem inteligente e sabe o que fazer.
Crescimento
Lula também reafirmou que o governo mantém para o próximo ano a meta de crescimento de 4% para o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país:
— O governo trabalha com crescimento de 4%, vamos continuar trabalhando, temos que acreditar que é possível fazer as coisas acontecerem, se ficarmos pelos cantos chorando, a gente não faz acontecer nada e estou determinado que quanto mais trabalharmos e tomarmos medidas, mais chances termos de manter os investimentos.
O presidente foi questionado por um jornalista se tem algum arrependimento por ter declarado que os efeitos da crise chegariam no Brasil na forma de uma "marolinha" e respondeu que não. Ele lembrou que, mesmo com a crise internacional, o
PIB brasileiro apresentou crescimento de 6,8% no terceiro
trimestre deste ano.
Lula: "Há mais medidas ainda este ano ou no ano que vem, mas não vou adiantar, porque medida econômica não se antecipa, senão a economia pára à espera do anúncio"
Foto:
Roosewelt Pinheiro, Abr
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