| 22/09/2008 18h28min
A Justiça gaúcha deu um prazo de 15 dias para que uma produtora cultural suspeita de irregularidades na Lei de Incentivo à Cultura (LIC) apresente manifestação por escrito, se desejar. A ação foi ajuizada pelo Estado na última semana.
O pedido se explicação se refere às irregularidades encontradas no RS Dança de 2003, que recebeu R$ 213 mil através da LIC. A lei permite abatimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para empresas que investem em eventos autorizados pelo Conselho Estadual de Cultura. A Justiça dirá se a produtora deve devolver o dinheiro e, caso positivo, quanto terá de ser retomado pelo Estado. A produtora cultural foi procurada pela reportagem, mas não foi localizada.
Capítulos da crise
A primeira suspeita
Reportagem veiculada pela RBS TV e pela Rádio Gaúcha apresentou documentos que envolvem a hoje
presidente do Conselho Estadual de Cultura, Mariângela Grando. Ela teria usado
notas de compras pessoais, de objetos como um perfume importado, na prestação de contas do longa-metragem Concerto Campestre (2003), dirigido por Henrique de Freitas Lima.
Troca de farpas
Após conceder a entrevista à reportagem que detonou o escândalo, Mariângela telefonou para o coordenador da LIC, Fábio Rosenfeld, ameaçando apresentar denúncias contra a secretária Mônica Leal. A conversa foi gravada e divulgada na imprensa.
A discussão
No programa Polêmica, da Rádio Gaúcha Gaúcha, Mariângela e Rosenfeld discutiram asperamente e trocaram novas ameaças.
A prisão
Novas notas e outros documentos veiculados na imprensa ligaram fraudes a empresas como a Opus Promoções e a projetos como o Multipalco do Theatro São Pedro. O produtor cultural Flávio Agliardi confirmou a falsificação da assinatura da secretária Mônica Leal e disse que outros
produtores, empresas patrocinadoras que se beneficiam da LIC e até servidores públicos
também fraudam o sistema.
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