| 22/09/2008 12h49min
Em reunião extraordinária nesta manhã, o Conselho Estadual de Cultura (CEC) reforçou a intenção de investigar as suspeitas de envolvimento de seus integrantes em fraudes relacionadas a Lei de Incentivo à Cultura (LIC).
Na sexta-feira, em depoimento ao Ministério Público Estadual, o produtor cultural Flávio Agliardi confirmou a falsificação da assinatura da secretária Mônica Leal e disse que outros produtores, empresas patrocinadoras que se beneficiam da LIC e até servidores públicos também fraudam o sistema. Do CEC, Agliardi teria dito que conselheiros negociavam a autorização de projetos em troca de pagamento de propina e outros favores.
Depois de duas horas conversando, o CEC chegou a três resoluções: não vai interromper a análise de novos projetos relacionados à LIC, como chegou a ser sugerido pela secretária Mônica na sexta; seguirá examinado os que já foram apresentados, mas ainda não tiveram as contas homologadas, caso da Feira do Livro (2008); e solicitará uma
reunião em caráter de
urgência com pocurador-geral de Justiça, Mauro Henrique Renner, para tomar conhecimento das declarações de Agliardi.
A presidente do Conselho, Mariângela Grando, afirmou ainda que serão revistos os pareceres a favor dos projetos suspeitos, para que sejam identificados os conselheiros que recomendaram a liberação de recursos.
Capítulos da crise
A primeira suspeita
Reportagem veiculada pela RBS TV e pela Rádio Gaúcha apresentou documentos que envolvem a hoje presidente do Conselho Estadual de Cultura, Mariângela Grando. Ela teria usado notas de compras pessoais, de objetos como um perfume importado, na prestação de contas do longa-metragem Concerto Campestre (2003), dirigido por Henrique de Freitas Lima.
Troca de farpas
Após conceder a entrevista à reportagem que detonou o escândalo,
Mariângela telefonou para o coordenador da LIC, Fábio Rosenfeld, ameaçando apresentar denúncias contra a
secretária Mônica Leal. A conversa foi gravada e divulgada na imprensa.
A discussão
No programa Polêmica, da Rádio Gaúcha Gaúcha, Mariângela e Rosenfeld discutiram asperamente e trocaram novas ameaças.
A prisão
Novas notas e outros documentos veiculados na imprensa ligaram fraudes a empresas como a Opus Promoções e a projetos como o Multipalco do Theatro São Pedro. O produtor cultural Flávio Agliardi confirmou a falsificação da assinatura da secretária Mônica Leal e disse que outros produtores, empresas patrocinadoras que se beneficiam da LIC e até servidores públicos também fraudam o sistema.
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