Notícias

 | 12/09/2008 20h41min

Abastecimento de gás natural da Bolívia já está normalizado

Informação é confirmada pelo vice-ministro de Comercialização de Hidrocarbonetos da Bolívia

O ministro de Minas e Energia, Édison Lobão, afirmou nesta sexta-feira que a situação na Bolívia, do ponto de vista do abastecimento de gás natural, já está normalizada e que o Brasil recebeu, ao longo do dia, 30 milhões dos 31,7 milhões de metros cúbicos diários de gás que vinha recebendo daquele país, antes do acirramento da crise interna boliviana.

O vice-ministro de Comercialização de Hidrocarbonetos, William Donaire, também confirmou que "não havia mais problemas" no fornecimento de gás natural ao Brasil.

— Com o Brasil já não havia problemas. Com a Argentina, estamos em 1,2 milhão de metros cúbicos diários — afirmou Donaire. A assessoria de imprensa da Superintendência de Hidrocarbonetos confirmou a declaração ao site G1.

Lobão reafirmou que o governo brasileiro não tem nenhuma queixa em relação à Bolívia, que vem sempre cumprindo o contrato assinado com a Petrobras e que prevê a entrega diária de cerca de 30 milhões de metros cúbicos diários de gás natural até 2019.

— O problema é da Bolívia e o nosso governo não tem nenhuma queixa deles, uma vez que os contratos vêm sendo cumpridos, é uma questão interna do país. A situação hoje já está normalizada e o fornecimento de gás para o país também. Isto aconteceu mais cedo até do que esperávamos, pois conseguiram colocar a válvula em operação enquanto não se conclui o reparo definitivo — disse Lobão, referindo-se ao gasoduto que transporta o gás da Bolívia para o Brasil.

Questionado sobre os conflitos no país vizinho e a dependência excessiva que o Brasil tem do gás natural boliviano, Lobão ressaltou que “nada impede que haja problemas em qualquer parte do mundo”. Sobre o plano de contingência, em caso de acirramento da crise e de novos atentados aos gasodutos, o ministro disse que as térmicas serão as primeiras a terem o fornecimento de gás interrompido.

— Se amanhã houver um acidente que não contamos, o plano de contingência prevê que, primeiro, as térmicas passem a funcionar a diesel ou a óleo combustível. Depois será cortado o gás para a indústria, que também terá que substituir o produto pelos derivados do petróleo — disse.

O ministro foi enfático sobre a necessidade de corte.

— Não há grandes segredos (em relação ao Plano de Contingência): se faltarem 30 nós cortaremos 30, se faltarem 15 nós cortaremos 15 (milhões de metros cúbicos/dia).

O ministro falou sobre a crise boliviana e a perspectiva de adoção de um Plano de Contingência, caso haja desabastecimento de gás vindo do país vizinho, em visita que fez ao complexo das usinas nucleares de Angra dos Reis. Lobão esteve na usina nuclear de Angra 2 e no canteiro de obras de Angra 3.

COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.