| 12/09/2008 13h03min
O governo dos Estados Unidos qualificou de "desespero" e "fraqueza" a expulsão dos embaixadores americanos da Bolívia e da Venezuela e anunciou que também pedirá a saída do diplomata venezuelano em Washington, Bernardo Álvarez. A ação é uma resposta à declaração de "persona non grata" ao legado americano em Caracas, Patrick Duddy.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, disse que a expulsão já foi notificada a Álvarez.
— Lamentamos as ações tanto do presidente Hugo Chávez quanto do presidente Evo Morales, que expulsaram nossos embaixadores na Venezuela e na Bolívia. Isso reflete a fraqueza e o desespero desses líderes ao lidar com desafios internos — disse McCormack.
A atitude do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ocorre em meio ao agravamento da crise boliviana, onde os atritos entre partidários do governo e da oposição já deixaram oito mortos e mais de 20 feridos. Um dia após a Bolívia expulsar o embaixador
norte-americano, o presidente venezuelano
acusou os Estados Unidos de financiar a oposição e defendeu intervenção caso ocorra um golpe contra o presidente Evo Morales.
Chávez já foi vítima de um golpe fracassado em abril de 2002, que durou apenas alguns dias. Ele acusa os EUA de envolvimento, o que a Casa Branca sempre negou. Chávez disse ter adotado a manobra de quinta em apoio ao presidente boliviano, que é seu aliado e compartilha de suas convicções de esquerda.
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