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 | 18/06/2008 23h53min

Yeda faz discurso forte e defende reajuste do próprio salário

Na posse da diretoria da Famurs, governadora falou sobre a crise no governo

Atualizada em 19/06/2008 às 03h26min Leandro Fontoura  |  leandro.fontoura@zerohora.com.br

Num discurso repleto de ironias e recados aos adversários, a governadora Yeda Crusius defendeu nesta quarta-feira o aumento dos salários na cúpula do Executivo, rebateu suspeitas em relação à compra de sua casa e disse que deseja "brigar de frente".

Yeda falou por cerca de 25 minutos no encerramento do 28º Congresso de Municípios, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael. A polêmica da casa foi lembrada por ela ao falar da liberação de recursos para a construção do Centro de Eventos do Municipalismo em Esteio. Yeda afirmou saber a importância da moradia própria:

— Pedir casa emprestada é ruim. Foi por isso que comprei a minha. Tenho renda, não dependo de mesada, sou a governadora mais mal paga do país.

Yeda ressaltou que a sua remuneração, de R$ 7,1 mil mensais, impede que secretários, diretores e presidentes de autarquias, fundações e estatais tenham um "salário digno". Todos ganham menos do que a governadora,com exceção daqueles que detêm outro cargo público e, com isso, podem optar pela remuneração maior.

Em maio, a Assembléia Legislativa fixou teto único de R$ 22.111 para todos os servidores públicos estaduais. A partir dessa medida, afirmou a governadora, o Legislativo poderá reajustar o salário dela para que os seus auxiliares possam ganhar mais. Yeda reconheceu que enfrentará resistências por ter seu salário reajustado. 

— Eu enfrento. Não porque eu seja Joana dArc. Está cheio de gente querendo levar cada um de nós à fogueira, pelo método inquisitório que está nos envergonhando frente ao resto do país. É preciso regras em todas as áreas — disse a governadora, que foi aplaudida pelos participantes do congresso organizado pela Federação das Associações de Municípios (Famurs).

Em outros dois trechos do discurso, Yeda também se referiu ao enfrentamento da crise política que abalou o Piratini a partir da divulgação das escutas da Operação Rodin e da gravação feita pelo vice-governador Paulo Afonso Feijó. A governadora afirmou estar pronta para os "testes" que virão e ressaltou que a imagem do Estado está sendo arranhada por conta da repercussão do escândalo do Detran.

Yeda participou do evento para prestigiar a troca de comando na Famurs. O prefeito de Victor Graeff, Flavio Lammel (PDT), passou a presidência da entidade para Elir Girardi (PTB), prefeito de Igrejinha. O novo presidente defendeu a participação da Famurs na busca de investimentos.

 
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