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 | 08/06/2008 13h09min

Bispos gaúchos pedem mais ética na política do RS

Nota oficial lamentam a má aplicação das verbas destinadas a investimentos públicos

Atualizada às 20h46min

Os bispos gaúchos emitiram neste domingo nota oficial sobre o atual momento político do Rio Grande do Sul. O texto afirma que a corrupção existente no aparelho estatal assume proporções desmedidas e destruidoras.

"Configura-se entre nós um costume de desvios éticos que envolvem especialmente os políticos".

A nota oficial lamenta que em meio a esse cenário de apropriação indébita de recursos públicos existe uma má aplicação das verbas destinadas a investimentos nas políticas públicas da área social. O documento refere-se ainda ao ano eleitoral, no qual a igreja afirma ser preciso dar um voto consciente para vereadores e prefeitos, comprometidos com a honestidade e transparência na gestão pública a serviço do bem comum, que em primeiro lugar é o bem dos pobres.

O texto foi aprovado pelos participantes da Assembléia Regional da Ação Evangelizadora, que terminou ao meio-dia em Porto Alegre.

Confira a íntegra da nota:

"Nós leigos e leigas, religiosos e religiosas, diáconos, padres e bispos, participantes da 5ª Assembléia da Ação Evangelizadora, da Igreja Católica, provenientes das 17 Dioceses do Estado do Rio Grande do Sul, diante dos recentes fatos de corrupção, tristemente constatados pela sociedade e veiculados pela imprensa, manifestamos o que segue:

Não é de agora a corrupção existente no aparelho estatal da sociedade brasileira. Ela assume proporções desmedidas e destruidoras, corroendo o tecido social e inviabilizando a vida de tantos irmãos excluídos. As causas da corrupção são múltiplas. Parece configurar-se entre nós um costume de desvios éticos. Não basta a purificação dos costumes políticos. É preciso apontar a origem da corrupção. Ela está na ganância e no poder político e econômico. É necessário responsabilizar os corruptos e os corruptores.

Lamentamos, em meio a esse cenário, a pouca aplicação de recursos para investimentos na área social: hospitais, postos de saúde, escolas, presídios, creches, geração de trabalho e renda, pequenos agricultores, população indígena, quilombola, entre outros, e para políticas públicas em geral.

Apostamos numa sociedade democrática. Confiamos nos instrumentos de direito, constituídos para exercer o papel de fiscalização, controle e encaminhamento das necessárias medidas punitivas e reparadoras de tais atos que ferem a credibilidade na gestão pública.

Neste ano de eleições é preciso dar um voto consciente para vereadores e prefeitos, comprometidos com a honestidade e transparência na gestão pública a serviço do bem comum, em primeiro lugar dos mais pobres.

Reafirmamos a posição da Igreja no Brasil a favor da ética como responsabilidade de todas as pessoas e, de modo especial, na administração pública. Conclamamos toda sociedade gaúcha a participar da coleta de assinaturas pela aprovação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular, a qual visa impedir a candidatura de pessoas com pendências na justiça, por uma série de crimes graves, alterando, assim, a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.

Animados pela fé na vida e pela esperança em Jesus Cristo, queremos, na vigilância e na participação cidadã, construir uma sociedade justa e solidária."

Diretrizes

A assembléia da Igreja no Rio Grande do Sul realizada em Porto Alegre aprovou as diretrizes da ação evangelizadora no Estado para os próximos quatro anos. Em comunhão com as diretrizes nacionais, foram apontadas três prioridades: Cuidado com a vida, Formação das lideranças e dos fiéis em todas as dimensões e Evangelização da juventude.

ZEROHORA.COM

Leia mais sobre a crise no governo no blog da Rosane
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