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Os palestinos tentaram, nesta sexta-feira, dia 12, mobilizar a comunidade internacional acusando o Exército israelense pelos "massacres" no acampamento de refugiados de Jenin, ao norte da Cisjordânia. Israel se referiu a uma "campanha mentirosa". A quantidade exata de mortos ainda não é conhecida, principalmente porque o Exército israelense impede o acesso da imprensa ao acampamento, mas não existem dúvidas de que é muito alta. Oficiais israelenses estimam que cerca de 100 palestinos tenham morrido durante os oito dias de combates.
Para os palestinos, no entanto, seriam centenas. O porta-voz do exército de Israel, o general de brigada Ron Kitrey, negou as acusações dos palestinos de que as forças israelenses mataram centenas de civis e tentam agora ocultar os cadáveres. Segundo ele, a retirada e o enterro dos cadáveres em Jenin começariam ainda nesta sexta. Kitrey informou que Israel enterrará apenas os corpos dos militantes encontrados com armas em uma cemitério do Vale do Jordão, mas não deu a exata localização do cemitério. O militar disse também que os cadáveres dos civis palestinos serão entregues aos palestinos.
Kitrey acusou os palestinos e a Crescente Vermelha de se recusarem a ajudar a recolher os cadáveres para intensificar "sua propaganda" de guerra. Segundo Hussam Sharkawi, representante da Crescente Vermelha, Israel vem bloqueando seu grupo de entrar em Jenin para recolher os corpos. Também a Cruz Vermelha, por meio de sua porta-voz, Alexandra Matijevic, informou que Israel não permitiu que nenhum grupo entrasse no campo de refugiados de Jenin.
– Pedimos às Nações Unidas que criem imediatamente uma comissão de investigação internacional sobre os massacres israelenses em Jenin, porque é um acampamento de refugiados administrado pela ONU – afirmou o responsável palestino Saeb Erakat, em referência à agência das Nações Unidas para a ajuda aos refugiados palestinos (UNRWA).
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