O ex-governador Antônio Britto (PPS) reiterou hoje, em entrevista à Rádio Gaúcha por telefone do Rio de Janeiro, que não concorre nas próximas eleições ao executivo estadual.

– Resistência com relação a mim é uma perda de energia danada, porque eu não pretendo realmente disputar o governo do Estado – disse, respondendo a questionamentos sobre os manifestos de correntes do PDT contra seu nome para representar a aliança Frente Trabalhista, integradas pelo próprio PDT, PTB e PPS.

Britto reafirma sua intenção de não concorrer um dia depois de participar no Rio de uma reunião com representantes dos três partidos. O encontro ocorreu na casa do presidente do PDT, Leonel Brizola. Além de Britto, o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi (PTB), foi convidado e esteve presente.

Sobre os diversos nomes que podem representar a aliança, o ex-governador citou como possibilidades "o presidente da Câmara Municipal, vereador José Fortunati, o deputado Bernardo de Souza, o senador José Fogaça e Zambiasi".

– Eu já fui governador, sei das dificuldades de quem senta ali, e sei que quem senta ali não tem nenhuma chance, zero de chance, se não tiver força política, apoio de partidos.

Britto ressaltou que o encontro serviu para assegurar a aliança em âmbito nacional e estadual:

– Primeiro, nós todos estamos entusiasmados e engajados com a candidatura do Ciro (Gomes, candidato à Presidência da República).(...) Segundo, nós todos queremos estar juntos no Rio Grande do Sul. Tivemos nossas diferenças no passado.

O ex-governador falou da oportunidade de estar com Brizola no encontro:

– O doutor Brizola é um personagem extraordinário da história do Brasil. (...) Poder ouvi-lo, dando relatos incríveis sobre alguns dos momentos mais importantes da história do Rio Grande e do Brasil, foi um grande prazer.