| 10/04/2008 01h24min
Apesar da derrota nos pênaltis para o Atlético-GO, que tirou o Grêmio da Copa do Brasil, o presidente Paulo Odone não anunciou alterações no comando técnico da equipe. Segundo o dirigente, o departamento de futebol entrará em recesso de dois dias para, depois, começar a planejar as mudanças no time para o Brasileirão.
– Não vamos tomar nenhuma decisão em cima do resultado desta noite. O (departamento de) futebol vai ser liberado até segunda, e nós vamos, neste espaço de tempo, reexaminar o que foi feito e definir o que faremos para que possamos ter a garantia de um Campeonato Brasileiro ao nível do que o torcedor do Grêmio merece – declarou o dirigente.
O time volta a campo apenas no dia 11 de maio, quando enfrenta o São Paulo no jogo de abertura da competição nacional. Em relação aos protestos da torcida contra o técnico Celso Roth e o assessor de futebol, Paulo Pelaipe, após o jogo desta quarta, Odone se mostrou compreensivo com os companheiros, afirmando que esta hostilidade é algo costumeiro no futebol.
– Eu acho normal que o alvo, primeiro, seja o treinador e depois seja o do diretor de futebol. Como você não pode mandar todo o grupo embora, eles pedem para que seja mandado embora o diretor e o treinador. Essa história é antiga no futebol – disse.
Sem reforços políticos
Odone descartou buscar o apoio de um novo dirigente, para reforçar politicamente o clube. Ele ainda elogiou a dedicação do assessor.
– A maior dificuldade vive o Pelaipe, que fica 24 horas dentro do clube e que chega a desgaste como este, de ter de ouvir o que está ouvindo em coro – declarou o mandatário, que explicou porque o clube não tem um profissional remunerado para comandar o departamento de futebol. – Está cada vez mais difícil encontrar um nome para assumir o futebol de um time do tamanho do Grêmio, porque ele suga a pessoa que vem aqui.
Acabou o dinheiro
Odone ressaltou também as dificuldades financeiras do clube. O dirigente lamentou que o Tricolor poderá se desfazer de um ou mais jogadores, além de ter dificuldades para realizar novas contratações.
– Não é verdade que temos um rio de dinheiro entrando todos os dias. Não tem dinheiro no Grêmio. Acabou o dinheiro do Grêmio – desabafou o dirigente. – Temos pago nossas contas, o que nos deu respeito e credibilidade, mas não nos livramos de ter de vender jogadores.
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