| 25/10/2005 16h19min
Técnicos chilenos começarão amanhã a verificar as medidas de prevenção impostas pelas autoridades paraguaias para evitar a propagação dos focos de febre aftosa registrados no Brasil.
Fontes do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) informaram hoje à EFE que os especialistas Héctor Escobar e Tomás Chacón, do Serviço Agrícola e de Criação de Gado (SAG) chileno, iniciarão a tarefa em Salto del Guairá, cidade situada a 500 quilômetros ao nordeste de Assunção.
Nessa região do departamento de Canindeyú houve a imposição de apenas uma "barreira sanitária" para impedir que o gado do país vizinho atravesse a fronteira com Mato Grosso do Sul, onde já foram confirmados focos da doença.
O primeiro caso foi localizado em uma fazenda de criação de gado situada a 45 quilômetros da fronteira com Canindeyú, enquanto outros casos posteriores foram detectados a apenas 4 quilômetros da linha limítrofe, o que obrigou as autoridades paraguaias a reforçar as medidas de prevenção.
O foco em Mato Grosso do Sul fez com que o Chile fechasse temporariamente seu mercado à carne procedente do Estado brasileiro e do Departamento de Canindeyú, onde 23 fazendas de criação de gado estão incluídas na restrição.
Os chilenos visitarão os postos de controle situados ao longo da linha fronteiriça com o Brasil para verificar os trabalhos das autoridades paraguaias, como a desinfecção de veículos e a colocação de muros de terra na beira das estradas.
A missão, que permanecerá no Paraguai até o próximo dia 28, também visitará os frigoríficos paraguaios que estão autorizados a exportar carne para o Chile, um dos principais destinos da carne paraguaia.
O Paraguai estendeu o bloqueio sanitário ao Departamento de Alto Paraná, onde hoje o Senacsa começou a construir poças para desinfetar os veículos que entram pela ponte da Amizade, que liga a paraguaia Ciudad del Este com a brasileira Foz do Iguaçu.
AGÊNCIA EFE