| 25/10/2005 15h09min
Brasil pediu aos membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) que reavaliem as restrições impostas a suas exportações de carne e as limitem aos Estados e aos produtos afetados pelos recentes focos de febre aftosa. Representantes do governo brasileiro garantiram durante uma reunião do Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da OMC que foram tomadas as medidas necessárias para controlar o foco detectado em Mato Grosso do Sul.
Doze focos de febre aftosa foram detectados no país: 10 em fazendas do Mato Grosso do Sul e dois em fazendas do Paraná, segundo dados da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Os dois Estados figuram entre os principais exportadores de carne do país.
Os focos encontrados significam um duro golpe para a economia do Brasil, o maior exportador mundial de carne bovina. Estima-se que o país pode deixar de exportar US$ 1,5 bilhão em decorrência do embargo total ou parcial declarado ao produto por mais de 43 países. Por isso, os representantes do Brasil na OMC insistiram a seus parceiros comerciais em que a carne exportada é segura.
A União Européia (UE) esclareceu que continuará a importar carne brasileira procedente das regiões não atingida por focos de aftosa. No entanto, o bloco pediu ao Brasil que reforce seus trabalhos para garantir o isolamento e a fiscalização do transporte de gado, questões onde foram encontrados "pontos fracos".
AGÊNCIA EFE