O Santos pode sofrer pesadas sanções em decorrência dos incidentes ao final do clássico contra o Corinthians, na noite de quinta, na Vila Belmiro. A partida foi remarcada por fazer parte das 11 que foram apitadas por Edilson Pereira de Carvalho, e a equipe santista, que havia vencido o primeiro confronto por 4 a 2, no último dia 31 de julho, acabou derrotada, de virada, por 3 a 2. Revoltados, os torcedores santistas invadiram o campo e, depois, protagonizaram um quebra-quebra nos arredores do estádio.

Paulo Schmidt, procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), disse em entrevista nesta sexta-feira no Rio de Janeiro que o Santos deverá ser denunciado nos Artigos 211 (punição por não dar infra-estrutura necessária para a segurança do evento) e 213 (pena para quem deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens no local do evento), do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

Se condenado pelo Artigo 211, o Santos terá de pagar uma multa que varia de R$ 5 mil a R$ 50 mil e ainda terá a Vila Belmiro interditada. Já pelo 213, a multa é ainda mais pesada – de R$ 50 mil a R$ 500 mil – e ainda determina a perda do mando de campo de uma a três partidas.

Apesar da ameaça de punição, o Peixe deverá mandar normalmente seu jogo contra o Goiás, às 18h10, neste domingo, na Vila Belmiro.

– Não sei se haverá tempo hábil para tirar o jogo da Vila Belmiro. Vamos tentar uma liminar e a interdição – disse Paulo Schmidt.

Contra a decisão do procurador do STJD pesa o Estatuto do Torcedor, que prevê um prazo mínimo para a alteração do local de um determinado evento esportivo.

AGÊNCIA PLACAR