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 | 26/09/2005 19h03min

Rebelo nega desistência e registra candidatura

Grupo governista acredita que deputado terá cerca de 180 votos

Acompanhado do líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), do líder do PSB, Renato Casagrande (ES), e do líder do PCdoB, Renildo Calheiros (PE), o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) registrou hoje à tarde sua candidatura à presidência da Câmara. Depois de reunião com a bancada do PT, Rebelo disse que sua candidatura está consolidada e negou que desistiria em favor do deputado Eduardo Campos (PSB-PE), ex-ministro de Ciência e Tecnologia.

A avaliação do grupo que trabalha pela candidatura governista é de que Rebelo terá cerca de 180 votos e irá para o segundo turno. Aldo Rebelo disse que rejeita o carimbo de candidato do Palácio do Planalto e afirmou que seu currículo é muito maior do que o de ex-ministro e de ex-líder do governo. Rebelo disse ainda que, se for eleito, retoma no dia seguinte a discussão da reforma política, que segundo ele é um clamor da sociedade.

Aldo Rebelo recebeu elogios até mesmo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tenta emplacar a candidatura do deputado peemedebista Michel Temer (SP). Calheiros afirmou que a Câmara deve eleger um presidente que tenha um perfil institucional, adequado ao "momento dramático" que a Casa vive. Segundo Calheiros, o candidato do PMDB, deputado Michel Temer (SP), tem esse perfil, mas não conseguiu apoio.

O senador também elogiou outros adversários de Temer: Francisco Dornelles (PP-RJ) e José Thomaz Nonô (PFL-AL). Calheiros disse que tentou pessoalmente ampliar a candidatura de Temer junto a PSDB, PFL e PT, mas não obteve resultados.

– Não foi por falta de trabalho. Tive na minha eleição o apoio de todos os partidos. Houve aqui no Senado uma grande convergência. Claro que eu trabalhei para ampliar a candidatura do presidente Michel Temer. Conversei com setores do PFL, do PSDB, do PT, mas não ampliou, infelizmente não ampliou. Se a candidatura é para qualquer hipótese, se vai ser levada a ferro e a fogo, sem ampliar, isso não é problema meu. Uma candidatura à presidência de qualquer Casa tem que ser uma construção coletiva. O ideal é que isso pudesse ter acontecido. Ninguém melhor que o Michel para presidir a Câmara, mas a circunstância política tem que ser levada em consideração – analisou o presidente do Senado.

AGÊNCIA O GLOBO
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