O candidato do PMDB à Presidência da Câmara, deputado Michel Temer (SP), negou hoje sua retirada da disputa e disse que não existe qualquer articulação com o deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL) para uma candidatura única às eleições. Ele previu que terá o apoio de 90% dos deputados peemedebistas.

– Vou ser candidato até o final. Especula-se muito sobre meu apoio a A, B ou C, mas o fato é que essas negociações se darão entre o primeiro e o segundo turnos – afirmou Temer.

Nonô também negou qualquer acordo prévio com o PMDB, embora admita já ter procurado todos os candidatos para possíveis alianças. Ele explicou que está buscando o apoio formal de mais três partidos: PPS, PDT e PV.

– Eles têm um pacto de conversas conjuntas. O PDT se reúne provavelmente amanhã, e o PPS e o PV ainda hoje. A expectativa é que amanhã eu possa ter o apoio formal de seis partidos – disse o deputado, que pretende registrar a candidatura até às 12h de amanhã.

No PP, está em negociação uma candidatura única da bancada, que hoje conta com dois candidatos já registrados: o segundo vice-presidente e corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PI), e o deputado Francisco Dornelles (RJ). Ciro diz que só retira a candidatura se o nome de Dornelles obtiver o consenso da bancada.

– Minha candidatura está indo bem, vocês vão ter uma boa surpresa quando forem abertas as urnas – afirmou o corregedor.

A hipótese de mais de uma candidatura da base aliada é vista com naturalidade pelo candidato do PCdoB, deputado Aldo Rebelo (SP).

– A pretensão dos demais candidatos é legítima. Mas nós buscamos, como os outros buscam, apoio em todos os partidos.

O líder do PL, deputado Sandro Mabel (GO), informou que a bancada se reunirá para decidir se votará em conjunto com as demais legendas governistas. O partido tem um candidato já registrado – o 4º secretário da Câmara, João Caldas (AL), mas parte dos deputados, segundo Mabel, gostaria de ver na presidência o deputado Inocêncio Oliveira (PE), que também integra a bancada liberal.