| 11/07/2005 18h49min
Mais de 60% das mulheres estrangeiras que exercem a prostituição em Madri, seja em redes ou de forma independente, são da América Latina, sobretudo do Equador e da Colômbia, denunciaram hoje especialistas no tema, reunidos em um seminário. Durante o evento intitulado Mulheres Latino-americanas e Violência de Gênero, que acontece de hoje até quarta-feira em Madri, especialistas latino-americanas e espanhóis falaram da situação da violência contra as mulheres em seus países e fizeram recomendações de como as vítimas destas situações devem ser atendidas.
Na inauguração do seminário, a diretora do Programa de Igualdade de Oportunidades da Prefeitura de Madri, Asunción Miura, falou da exploração sexual de mulheres latino-americanas através de redes internacionais de prostituição que funcionam na capital espanhola, mas que são administradas dos países de procedência das vítimas.
A este respeito, Dorchen Leidholdt, da Coalizão contra o Tráfico de Mulheres, uma organização com sede em Nova York, disse que a principal causa deste problema é a grande demanda de serviços sexuais existente nos países desenvolvidos, que é promovida, acrescentou, pela indústria pornográfica. A prostituição das imigrantes latino-americanas também está diretamente relacionada à "feminilização da pobreza" e aos altos índices de discriminação que existem nos países pobres e em desenvolvimento, disse Leidholdt.
As informações são da agência EFE.