| 11/07/2005 15h48min
O Vaticano considera a prostituição uma forma de escravidão moderna e um ato de violência contra a mulher, e denunciou que cada vez há mais homens que procuram as prostitutas para dominar do que por satisfação sexual.
Assim afirma um documento do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Emigrantes e Itinerantes, publicado hoje, que recolhe as conclusões de um encontro realizado em 20 e 21 de junho passados no Vaticano, para analisar a situação das prostitutas.
O texto indica a necessidade de que a Igreja, junto com as instituições, os movimentos laicos e os meios de comunicação denunciem e lutem contra o fenômeno da prostituição, que afeta milhões de mulheres no mundo todo e movimenta anualmente US$ 10 bilhões.
Os presentes, representantes de 19 conferências episcopais européias, denunciaram que cada vez há mais mulheres que caem nas redes desta forma moderna de escravidão, isso por causa de problemas econômicos, sociais e
culturais.
Milhares dessas mulheres vêm do terceiro e quarto mundo e se prostituem na Europa e outras áreas ricas porque nestes lugares há demanda cada vez maior.
E nesse ponto, os representantes vaticanos disseram que é necessário perseguir o cliente, que está na base do comércio e precisa ser punido.
Após considerar que o cliente deve enfrentar uma condenação social e as leis aplicadas com rigor, os reunidos se mostraram convencidos de que também é preciso ajudar essas pessoas para que resolvam seus problemas mais íntimos, um dos passos para erradicar o problema.
Para os especialistas vaticanos, comprar sexo de uma prostituta não resolve os problemas que surgem da solidão, da frustração ou da falta de relações verdadeiras.
O documento diz que o cliente médio são os homens de 40, mas há cada vez mais homens entre 16 e 24 anos que procuram prostitutas.
As informações são da agência EFE.