| 09/07/2005 12h07min
A crise política pela qual passa o PT gera divergências entre integrantes do partido do governo. As opiniões dos que chegam para a reunião da Executiva do partido, em São Paulo, são bastante diferentes. O ministro da Reforma Agrária, Miguel Rossetto, defendeu a saída de José Genoino da presidência do partido.
– Há de se reconhecer um esgotamento político da atual direção do partido. A reestruturação integral da Executiva partidária é uma medida correta. Ela cria uma base de unidade partidária importante e permite que o partido dê conta das tarefas nesse período. Preparar o processo de eleição direta, assegurar um amplo debate com nossos filiados, encaminhar todas as denúncias para que sejam corretamente investigadas pela instância partidária – disse Rossetto.
Já o ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, que chegou a ter o nome cotado para assumir a presidência no caso de saída de Genoino, defendeu a permanência da Executiva Nacional.
– Eu acho que o presidente José Genoino deve permanecer, pelos seus 40 anos de dedicação ao Brasil, à democracia, aos direitos sociais, aos direitos humanos. É uma das maiores personalidades da democracia brasileira e deve permanecer. Mas todos nós petistas, nesse momento de crise, devemos colaborar com a direção do partido – disse.
Dulce disse que mesmo que Genoino seja afetado da direção do PT, ele não se coloca como candidato ao cargo. O deputado federal João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara, também chegou há pouco para a reunião, no centro de São Paulo. Ele afirmou que a crise no PT não está afetando a governabilidade, como pode provar, segundo ele, o andamento da reforma ministerial.
As informações são da agência O Globo.