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 | 07/06/2005 09h06min

Renúncia de Carlos Mesa deixa crise nas mãos do Congresso

Sucessão presidencial recai no presidente do Parlamento

A renúncia do presidente da Bolívia, Carlos Mesa, deixou nesta terça, dia 7, a resolução do conflito vivida no país nas mãos do Congresso, que deverá decidir o lugar e a data da sessão em que analisará a saída dele, em meio a pressões dos setores sociais mobilizados em La Paz.

O presidente do Parlamento, Hormando Vaca Díez, anunciou, na segunda, dia 6, que acertará com os partidos políticos e com as brigadas departamentais as condições do reinício dos trabalhos no Legislativo, parado há quase três semanas. Díez pediu ao poder Executivo "garantias plenas" para reinstalar o Congresso em La Paz, embora não tenha descartado a possibilidade de realizar a sessão em outra cidade boliviana.

– Se trabalharmos sob um clima de pressão, as decisões podem ser tomadas no calor da pressão de algumas centenas de cidadãos – disse o presidente do Parlamento em referência às manifestações realizadas desde meados de maio na praça onde estão os palácios de governo e Legislativo, no centro da cidade de La Paz.

Díez também assinalou que as sessões devem recomeçar. Segundo a Constituição, caso o Congresso aceite a renúncia, a sucessão presidencial recai em Díez, depois no presidente da Câmara dos Deputados, e, em último lugar, no presidente da Suprema Corte de Justiça, o único dos três habilitado a convocar eleições.

O presidente do Parlamento se recusou a falar sobre a opção de assumir o poder, após tomar conhecimento da saída de Mesa.

As informações são da agência Reuters.

Veja as manifestações no país

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