Quase uma semana depois da prisão de 13 pessoas, a Operação Tango da Polícia Federal deve encerrar os interrogatórios na terça, dia 19. Nesse dia deve ser ouvido o argentino César Arrieta, detido na última segunda em Porto Alegre e apontado como líder da organização criminosa que fraudou a Receita Federal.

Outro suspeito de envolvimento nos golpes está sendo ouvido nesta manhã. Os agentes também analisam todos os documentos e materiais apreendidos. Segundo a Polícia Federal, após o término do interrogatório, devem ser pedidas à Justiça novas prisões de envolvidos e mandados de busca e apreensão. Também está prevista a divulgação de uma lista das empresas envolvidas na fraude, que somente no Rio Grande do Sul lesaram a Receita em mais de R$ 1 bilhão. A Polícia Federal tenta identificar agora a participação de servidores públicos. Até o momento, apenas uma pessoa envolvida e já com prisão decretada continua foragida. O suspeito é de São Paulo.

Na sexta, dia 15, dois envolvidos na organização criminosa que fraudava a Receita Federal tiveram a prisão preventiva decretada também pela Justiça de Santa Maria. Um deles é o argentino César Arrieta. Os crimes são de sonegação fiscal, falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica e formação de quadrilha. O esquema ilícito foi descoberto em dois mil e dois justamente em Santa Maria, local onde Arrieta tinha uma empresa, apontada como ponto de partida da fraude que envolveu pelo menos cinco Estados brasileiros.