O surgimento de focos de febre aftosa na região de Jóia (RS) completa nesta quinta-feira um ano. Neste período, Santa Catarina (SC) deixou de ganhar pelo menos US$ 150 milhões em exportações de carne suína, segundo o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Odacir Zonta. Ele explicou que neste ano o Brasil deve exportar 180 mil toneladas de carne suína, faturando cerca de US$ 200 milhões. Santa Catarina é responsável por 75% deste volume, ou seja, US$ 150 milhões. Com os focos de aftosa no Rio Grande do Sul, o Circuito Pecuário Sul, do qual Santa Catarina faz parte, deixou de obter em maio deste ano o Certificado de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação, concedido pela Organização Internacional de Epizootias (OIE). Zonta acredita que com este certificado o Brasil poderia exportar pelo menos o dobro, incluindo mercados como Itália e Japão. Além disso os focos de aftosa no Rio Grande do Sul suspenderam por cerca de 60 dias as exportações, deixando de vender 20 mil toneladas. Além das exportações, a aftosa obrigou o Estado a montar um grande aparato de fiscalização na fronteira com o Rio Grande do Sul, a exemplo do que já existia nas fronteiras com o Paraná e Argentina. Atualmente, das 39 barreiras existentes, 23 são com o Rio Grande do Sul. Zonta afirmou que o aumento de custo com medidas de proteção sanitária foi de R$ 7,5 milhões no período.