| 17/07/2001 11h38min
As autoridades sanitárias de Santa Catarina não participam da reunião, desta terça-feira em Brasília, entre técnicos do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul. Durante o encontro, eles avaliam a abertura de corredores sanitários no território catarinense para escoar a produção gaúcha. Para o diretor da Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, Adelino Renúncio, a discussão dos corredores sanitários é estéril. Ele explica que se o Ministério da Agricultura decidir que o Rio Grande do Sul tem direito ao corredor sanitário, Santa Catarina não fará objeção. Mas o diretor acredita que o corredor não será usado porque Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro têm portarias que proíbem a entrada de animais gaúchos. Renúncio destaca que quando o Rio Grande do Sul decidiu que não abateria os animais de contato (aqueles no raio de 3km dos focos da febre aftosa) assumiu o risco de não conseguir comercializar sua produção e ser rebaixado na classificação. – Agora não adianta contestar. São as regras do Código Zoossanitário Internacional – afirma o diretor da Defesa Sanitária de Santa Catarina. Ele aponta ainda que a nova classificação do Ministério da Agricultura, divulgada na semana passada, distanciou mais o Rio Grande do Sul de Santa Catarina. Pela nova classificação, Rio Grande do Sul foi rebaixado como área de risco médio, enquanto Santa Catarina é considerada como risco desprezível. Para os gaúchos recuperaram o status serão necessários, no mínimo, seis anos.