| 13/05/2001 21h14min
O impasse em relação ao sacrifício de mais de 60 animais com aftosa em Santana do Livramento e Alegrete continua. Enquanto secretaria e ministério não decidem quem eliminará os animais, pecuaristas e frigoríficos calculam o aumento dos prejuízos, com a proibição da comercialização de animais em pé e carne para o resto do país. Os produtos deveriam ser transportados pelos chamados corredores sanitários, via Santa Catarina, que só serão criados quando os bovinos doentes forem mortos. O sacrifício dos exemplares contaminados na Agropecuária Combate (Alegrete) e na Estância São Pedro (Livramento) não foi realizada neste sábado e é esperada para segunda ou terça-feira. Segundo acordo selado em Porto Alegre na sexta-feira, a secretaria concordou com o sacrifício, mas avisou que não será executora. O mesmo diz a equipe de técnicos do ministério na fronteira. A comissão que encaminharia a negociação com os proprietários não tinha procurado os interessados até a noite deste domingo. Não foi descartada a participação da Polícia Federal ou até mesmo do Exército, que já se encontra em operações na fronteira. Nesse último caso, porém, seria necessária autorização do Ministério da Defesa. Outro ponto que pode estar atrasando é a exigência de que a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) apresente um laudo liberando a área onde serão enterrados os animais. Segundo o secretário gaúcho da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, porém, a Fepam já foi autorizada a executar todos os procedimentos necessários. Neste final de semana foi confirmada a morte de um dos animais infectados da Estância São Pedro. O ministério não confirma para hoje a reunião do Circuito Pecuário Sul, da qual participariam secretários da Agricultura do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Porto Alegre.
JORGE CORREA