O governo gaúcho vai liberar a venda de vacinas contra a febre aftosa em todo o Estado a partir desta segunda-feira. A decisão foi anunciada neste domingo pelo secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann. Ele lembrou que o governo federal não admite bancar os custos da imunização. Hoffmann reconheceu que a vacinação nas cidades fora do cinturão sanitário da Fronteira Oeste só deve começar na prática nesta quinta-feira. O atraso ocorre porque as doses levam 24 horas para chegar ao atacado, e mais 12 horas para estarem disponíveis no comércio. Hoffmann convocou uma reunião para a próxima terça-feira com secretários municipais de Agricultura para pedir apoio das prefeituras na distribuição das vacinas. O secretário admitiu a possibilidade de subsídio aos produtores de menor poder aquisitivo, mas descartou a participação do Rio Grande do Sul no rifle sanitário. A previsão do governo estadual é de que até quinta-feira todos os municípios estejam imunizando o gado. A vacinação deve ser iniciada pela região Noroeste. A demanda para a primeira etapa é de mais 9 milhões de doses. A imunização dos 15 mil bovinos do Chuí, na fronteira com o Uruguai, foi encerrada nesse domingo. O trabalho, que começou na sexta-feira, foi realizada com o apoio de 15 técnicos estaduais. Nesta segunda, às 8h, começará a aplicação no rebanho de Santa Vitória do Palmar. As primeiras localidades serão Curral do Meio, Afogados e Brejo. Uma força-tarefa de técnicos dá início hoje à vacinação em Arroio Grande. Desde quinta-feira, 120 mil doses estão estocadas em uma câmara fria do Frigorífico Salaberry, à espera de pessoal para monitorar a operação. Os produtores rurais da Zona Sul continuam enfrentando problemas. Em Santa Vitória do Palmar, faltam de 25 mil a 30 mil doses de vacina. Em Herval e Pedras Altas, onde a vacinação começou ontem, há um déficit de 50 mil doses. Na região de Bagé, cerca de 95% do rebanho de 1 milhão de cabeçCas já está vacinado. A imunização só não foi total devido à má condição de estradas vicinais nos municípios de Bagé, Dom Pedrito, Hulha Negra, Cadiota e Aceguá. As informações são da Rádio Gaúcha e Zero Hora. • Tire suas dúvidas sobre a doença