| 15/03/2004 10h06min
Os índices regionais da produção industrial de janeiro de 2004 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta segunda, dia 15, foram positivos na maioria dos locais pesquisados. Em relação a janeiro de 2003, houve aumento em sete das 12 áreas pesquisadas, com Rio Grande do Sul (11,3%), Região Sul (4,7%), São Paulo (4,6%) e Santa Catarina (3,3%) assinalando crescimentos superiores ao da média nacional (1,7%).
O Rio Grande do Sul apresentou a melhor performance entre as regiões pesquisadas na comparação com janeiro de 2003, baseada, principalmente, no comportamento da indústria mecânica (colhedeiras agrícolas), reflexo do dinamismo relacionado ao agronegócio. A atividade industrial gaúcha começa o ano de 2004 mostrando resultado mensal bastante superior ao acumulado do ano de 2003 (3,8%).
O bom resultado deste mês no Estado frente a janeiro do ano passado reflete a ampliação na atividade de 10 dos 19 ramos pesquisados, mas foi influenciado predominantemente pelo dinamismo da mecânica (53,7%), que reflete não só o bom desempenho da agroindústria e das exportações, mas também o retorno de férias coletivas de importantes empresas do setor. Vale destacar a contribuição de material de transporte, com crescimento de 16,6%, com aumento na produção de reboques e semi-reboques. Entre os setores que reduziram a produção, a maior pressão veio de vestuário e calçados (-16,2%).
A indústria geral da Região Sul registrou, em janeiro de 2004, crescimento de 4,7% ante janeiro de 2003, sendo esta a quinta taxa positiva consecutiva nessa comparação, e que é bem superior à do fechamento do ano de 2003, que foi de 1,5%. O indicador acumulado nos últimos 12 meses também assinalou expansão: 1,6%. Em janeiro o Paraná registrou crescimento de 1,7%, e Santa Catarina obteve resultado positivo de 3,3%.
No confronto janeiro 04/janeiro 03, os desempenhos de mecânica (20,3%) e química (6,3%), foram os principais determinantes na formação da taxa global de 4,7% na Região Sul. Esses setores registraram, respectivamente, aumentos na produção dos ítens: colhedeiras agrícolas e fungicidas, herbicidas e inseticidas. Em contraposição, as maiores influências negativas vieram de vestuário e calçados (-10,5%) e madeira (-4,7%).
O Ceará (1,4%) e Minas Gerais (1%) também registraram resultados positivos no primeiro mês do ano. Com queda figuram o Rio de Janeiro (-5,9%), Espírito Santo (-5,1%), região Nordeste (-3,4%), Bahia (-1,7%) e Pernambuco (-0,9%).