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 | 10/03/2004 10h12min

Produção cresce 1,7% em janeiro de 2004 ante índice de 2003

Aumento no confronto com dezembro foi de 0,8%

Em janeiro de 2004, a produção industrial cresceu 1,7% no confronto com o mesmo mês de 2003, quinta expansão consecutiva neste tipo de comparação. O resultado divulgado nesta quarta, dia 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que ante dezembro deste ano também houve aumento na série livre de influências sazonais (0,8%). Em bases trimestrais, houve estabilidade nos últimos três meses e o indicador acumulado nos últimos 12 meses assinala uma ligeira desaceleração no ritmo de crescimento entre dezembro (0,3%) e janeiro (0,2%).

O crescimento de 0,8% observado entre dezembro e janeiro últimos, reflete aumentos generalizados de produção em 17 dos 20 ramos pesquisados e em três das quatro categorias de uso. Entre os ramos industriais, vale destacar os desempenhos de mecânica (4,5%), que volta a registrar crescimento após queda de 3,9% em dezembro, e química, que passa de um crescimento de 0,8% em dezembro para 2,5% em janeiro.

Nos índices por categorias de uso, o maior crescimento foi de bens de capital (4,5%), que caíra 5,5% em dezembro, seguido de bens de consumo duráveis (3,0%), que atinge o nível mensal de produção mais elevado desde dezembro de 2000.

Na comparação com janeiro de 2003, a indústria de transformação sustentou o resultado global positivo e ampliou sua produção em 2,8%. Dos ramos avaliados, 11 apresentam crescimento, sendo que mecânica (11,8%), química (5,0%) e metalúrgica (3,5%) tiveram as principais influências positivas, principalmente pelos aumentos na fabricação de motores estacionários, óleo diesel e ferro e aço fundido.

Nos índices por categoria de uso, ainda na comparação de janeiro de 2004 com o mesmo mês de 2003, apenas o segmento de bens de consumo semi e não duráveis apresenta queda (-4,6%), em decorrência de reduções em diversos subsetores, com destaque para os de semiduráveis (-8,9%) e o setor farmacêutico (-9,9%). A taxa de crescimento mais elevada foi a de bens de consumo duráveis (8,6%), seguida de bens de capital (7,8%) e bens intermediários (1,7%).

Entre os bens de consumo duráveis, cresce tanto a produção da indústria automobilística (14,4%), quanto a de eletrodomésticos (11,7%). O resultado positivo da produção de automóveis pode ser explicado pelo bom desempenho das vendas destinadas ao mercado externo, que registra, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), crescimento de 18,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

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