| 27/02/2004 17h30min
A Associação dos Defensores Públicos do Rio Grande do Sul também busca na Justiça o pagamento intergral dos salários. A entidade realiza assembléia geral para definir o teor do mandado de segurança que deve ser encaminhado à Justiça ainda nesta sexta, dia 27.
A presidente da entidade, Cleomir de Oliveira Carrão, diz que os defensores estão há nove anos sem reposição salarial e que o atraso nos vencimentos não será tolerado. Na reunião também será avaliada a possibilidade de greve dos defensores. Se a sugestão for aprovada, será convocada uma assembléia extraordinária para tratar especificamente do tema. Cleomir de Oliveira Carrão diz que vai tentar convencer a Justiça de que o governo tem dinheiro mas não priorizou o pagamento do funcionalismo.
O RS tem 297 defensores em atividade e outros 123. O salário bruto de um defensor em início de carreira é R$ 4,8 mil. O Defensor-Geral no Estado, Luiz Alfredo Schütz, não quis se manifestar sobre a mobilização da associação. Através da assessoria, Schütz explicou que as deliberações da assembléia dizem respeito direto à entidade.
Outras três entidades ingressaram na Justiça com mandados de segurança para garantir o pagamento integral dos salários. Dois deles, o do Sindicato dos Técnicos do Tesouro e o do Sindicato dos Técnicos Científicos foram indeferidos, mas as entidades pediram reexame das ações. A ação impetrada pelo Sindicato dos Fiscais de Tributos Estaduais aguarda a decisão para esta sexta.
Na segunda, dia 1º, ingressam na justiça o Cepers Sindicato e a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar. O governo estadual ainda aguarda a formalização por parte do governo federal do envio de recursos da compensação previdenciária. A expectativa é de que sejam adiantados R$ 100 milhões. A determinação do governador é de que o dinheiro seja utilizado para pagar o restante do salário dos servidores que ganham mais de R$ 1 mil. Com informações da repórter Civa Silveira, da Rádio Gaúcha.