| 26/02/2004 11h41min
O governo gaúcho declarou que não tem como conceder o reajuste salarial reivindicado pelos servidores da área de segurança. O Palácio Piratini declara que não há como prever o aumento como ficou acertado no ano passado. Em reunião, realizada na manhã desta quinta, dia 26, o secretário da Fazenda, Paulo Michelucci, e o chefe da Casa Civil, Alberto Oliveira, disseram que somente com recursos federais será possível pagar os salários do funcionalismo em dia.
O resultado do encontro desagradou aos servidores da segurança pública, que avisaram que podem realizar greve em março. O presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, coronel Cairo Bueno de Camargo, lembra que a categoria foi ao Piratini negociar aumento de salário e ouviu apenas explicações sobre o atraso na folha de fevereiro. O servidor classificou a reunião de improdutiva e deixou o encontro antes do encerramento.
O governo estadual justifica a recusa à reivindicação de aumento com as dificuldades financeiras do Estado. A falta de recursos provocará neste mês o parcelamento do pagamento dos servidores que recebem mais de R$ 1 mil – uma parte do salário será depositada até o fim do mês e outra até 23 de março.
O governo do Estado busca recursos emergenciais com o Planalto. O governador Germano Rigotto, após conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizou que a hipótese mais imediata é de recebimento de parte dos R$ 248 milhões referentes a contribuições de servidores públicos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em fevereiro, faltaram R$ 100 milhões para pagar o salário do funcionalismo. Para março, a previsão é de que vão faltar outros R$ 100 milhões.
As informações são da Rádio Gaúcha.