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Apenas uma hora após marcar o gol que decretou a vitória do Figueirense sobre o Juventude, no domingo, pela 42ª rodada do Campeonato Brasileiro, Rodrigo foi reconhecido na rua. O curioso é que o primeiro contato com a fama foi em um ponto de ônibus, perto do Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, palco da vitória de 2 a 1, de virada, sobre os gaúchos.
Recém-promovido da categoria júnior, o atacante de 20 anos aguardava a condução de volta para casa, em Biguaçu, no início da noite, quando foi abordado por um grupo de torcedores alvinegros:
– Não foi você quem marcou o gol no jogo de hoje?
O episódio não poderia ser mais emblemático de um início de carreira, que se revela promissor. Afinal, foi a estréia de Rodrigo como profissional e bastaram 15 minutos para ele marcar seu primeiro gol.
Foi um começo explosivo, não há como negar, mas não quer dizer que tenha sido fácil. Como toda novidade, trouxe uma carga extra de nervosismo.
– Sentia a perna pesada – disse, na tarde desta segunda, dia 10, tentando justificar porque teve dificuldade para dominar a bola logo depois de entrar em campo.
Nascido em Florianópolis só porque a maternidade ficava na Capital, Rodrigo mora na mesma rua, no bairro Jardim Anápolis, em Biguaçu, desde os primeiros dias de vida. E defendeu durante 12 anos as cores do Pradense, clube da região que fica a 200 metros de sua casa.
Foi levado para o Figueirense no fim de 2000 e profissionalizado pela primeira vez em março deste ano, pelo então técnico Vágner Benazzi. Para seu azar, o treinador foi dispensado uma semana depois, e Rodrigo caiu junto, voltando a treinar com a equipe júnior.
A projeção para o futuro da carreira é a mesma de qualquer outro jovem de sua idade:
– Ir para a Seleção Brasileira e jogar na Europa – contou.
E para um jogador novo, nada como um ídolo novo, o artilheiro são-paulino Luís Fabiano.
– Ele tem uma característica parecida com a minha – afirmou.
MAURICIO XAVIER/DIÁRIO CATARINENSE