| 06/11/2003 11h10min
Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrado na região metropolitana de Porto Alegre teve variação positiva de 0,36%, ficando acima do resultado nacional (0,29%). A inflação constatada na Capital caiu 0,27 ponto percentual em relação a setembro (0,63%). O acumulado do ano na Capital já chega a 8,51%.
O resultado do mês passado foi o quarto mais alto entre as nove regiões metropolitanas do país pesquisadas, além do município de Goiânia e de Brasília. Os dados foram divulgados nesta quinta, dia 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA refere-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte.
A média da inflação verificada em outubro no Brasil caiu para 0,29%, queda de 0,49 ponto percentual em relação a setembro (0,78%) e acumulou 8,37% no ano, acima dos 6,98% relativos a igual período de 2002. O resultado de outubro interrompe uma seqüência de três meses de aceleração da inflação, pressionada por fatores pontuais como preços administrados e entressafra de alimentos. Esta é a menor taxa desde julho, quando foi de 0,20%.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumulou 13,98%, contra os 15,14% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2002, o IPCA nacional teve variação de 1,31%. O maior índice regional foi em Goiânia (0,83%), onde houve aumento de 9,43% na energia elétrica, tendo em vista o reajuste contratual de 11,07% em vigor a partir do dia 3 de outubro. O menor índice ficou com Recife (0,14%).
Os principais fatores que levaram à redução do IPCA de setembro para outubro foram a queda nos preços de produtos importantes – como a dos combustíveis –, um menor crescimento de preços dos alimentos e a inexistência de impactos fortes nos preços administrados. A maior contribuição individual no índice do mês (0,10 ponto percentual) veio do item frango, 11,37% mais caro. Ainda assim, a variação do grupo Alimentação e Bebidas foi menor, passando de 0,78% (setembro) para 0,46% (outubro).
Houve quedas nos preços da maioria dos alimentos, algumas delas bem expressivas, como a da cenoura (-11,09%), do açúcar cristal (-10,07%), da batata-inglesa (-9,06%), e do feijão carioca (-6,00%). Tais quedas, bem como a desaceleração no ritmo de crescimento dos preços das carnes (de 4,30% para 2,10%), fizeram o resultado do grupo cair de um mês para o outro. O item álcool combustível, com queda de 3,07%, deu a maior contribuição individual negativa (-0,03 ponto percentual). Também foram negativas as variações de preços da gasolina (-0,24%), do gás de cozinha (-0,47%) e de outros produtos.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,49% na região metropolitana de Porto Alegre, também acima da média nacional (0,39%). Em setembro, a inflação na capital gaúcha foi de 0,36% e o resultado nacional chegou a 0,82%. Com o resultado de outubro, está em 8,83% o acumulado do ano em Porto Alegre.
Em todo o Brasil, os preços dos alimentos subiram 0,46% em outubro, enquanto em setembro haviam ficado em 0,79%. Os não alimentícios aumentaram 0,36%, resultado também inferior ao de setembro, 0,83%. Com isso, o INPC acumulou taxa de 9,39% no ano e ficou acima do percentual de 8,06% relativo a igual período de 2002.
Nos últimos 12 meses, o índice situou-se em 16,15%, abaixo dos 17,51% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2002, o INPC teve variação de 1,57%. O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a oito salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.