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 | 10/08/2010 07h51min

Chivas também não está habituado à grama sintética

Mexicanos fazem hoje o sexto treino no novo estádio

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Também o Chivas não está tão acostumado ao gramado sintético do Estádio Omnilife, local do primeiro jogo decisivo da Libertadores. Além do amistoso com o Manchester United (vitória por 3 a 2), a equipe de Guadalajara realizou apenas cinco treinos no estádio. Hoje, os mexicanos farão o sexto. Ou seja, o Chivas está somente um pouco mais bem ambientado à grama sintética do que o Inter.

No jogo contra os ingleses, em julho, pelo menos em dois gols a bola claramente ganhou mais velocidade ao quicar no chão. No primeiro gol do Chivas, o chute de Hernández, de fora da área, bateu no gramado, sem chances de defesa ao goleiro. No empate, o gol de Smalling também não encontrou defesa ao quicar em direção ao gol.

De qualquer forma, o Inter consultou engenheiros agrônomos e representantes da Reebok, também fornecedora de material esportivo do Chivas. Concluiu que o “pasto sintético”, como dizem os mexicanos, é o mais próximo possível da grama natural.

Hoje à noite o Inter fará o segundo trabalho no local do jogo, em preparação à partida de ida da final da Libertadores.

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O roupeiro Gentil Passos preparou chuteiras com travas de borracha, mais baixas do que as de alumínio.

— Trata-se de um gramado que tem a chancela da Fifa. A tecnologia utilizada nele é de última geração — disse o vice de futebol Fernando Carvalho.

O médico Guilherme Caputo, que acompanha a delegação em solo mexicano, não crê em problemas de lesão devido ao piso. Nada diferente do que ocorreria em um gramado natural.

— É quase uma grama de verdade. Bem diferente daquelas que conhecemos das quadras de futebol sete. Fomos informados que a sensação do piso é quase igual a que estamos acostumados — comentou Newton Drummond, o Chumbinho, diretor executivo de futebol.

Mesmo recebendo informações otimistas, o Inter terá cuidados especiais com a maneira de o Chivas atuar em sua nova casa. A ordem é evitar os chutes de fora da área, uma especialidade mexicana, conter os contra-ataques do Chivas, e impedir a correria dos atacantes. Por isso, o sistema defensivo do 4-3-2-1 colorado será muito exigido.

— Faremos como no Morumbi: o São Paulo não teve grandes chances em chutes de fora da área. Ceni não cobrou uma falta sequer — afirmou Carvalho.

Celso Roth faz mistério quanto ao substituto de Tinga. Pode optar por Giuliano. O meia levaria vantagem com relação a Wilson Matias pela maior mobilidade. Além disso, Giuliano atuou recentemente em gramado sintético, quando esteve com a seleção sub-20 na Europa.

Confira a grama do Omnilife no vídeo da inauguração do estádio:

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