| 23/07/2010 10h09min
Assim que a suposta ida de Mano Menezes para Seleção Brasileira ganhou força, o nome de Adilson Batista passou a ser cotado Parque São Jorge. Apesar de não querer falar sobre o assunto, por respeito aos colegas de trabalho, o técnico foi procurado nesta quarta-feira pelo Corinthians. O Grêmio, pelo qual teve passagem como jogador e treinador, também é visto por ele com bons olhos, uma vez que Silas se encontra ameaçado no cargo. Em Curitiba, o treinador admite sondagens de clubes do Brasil e do Exterior, mas não revela quais. Só afirma que na segunda-feira começará a trabalhar:
– Segunda-feira vou trabalhar. Sou paranaense. Sou trabalhador. Gosto de trabalhar – declarou.
Confira a entrevista:
Lance: Seu nome é muito bem visto no Parque São Jorge para substituir Mano Menezes. O clube já o procurou de forma oficial?
Adilson Batista: O Corinthians tem treinador, por enquanto o Mano (Menezes) é treinador dele. Não dá para se pronunciar enquanto o clube tiver treinador. Estou com a minha família, estou tranquilo.
Lance: Você atingiu status de um dos grandes treinadores do Brasil, com o nome até cogitado para ser o sucessor do Dunga...
Adilson Batista: O Brasil tem grandes treinadores. Tem muita coisa para acontecer, para aprender, melhorar... Confesso que o aprendizado com grandes profissionais contribui para eu ter tranquilidade de desenvolver o trabalho. Fico contente, lisonjeado com isso.
Lance: O que tem na memória como momento mais emocionante e mais triste pelo Corinthians?
Adilson Batista: Tenho o maior carinho e respeito, é um grande clube, foi muito importante para a minha carreira como atleta. Eu jogava com atletas de alto nível, era um time bem treinado pelo Oswaldo (de Oliveira). Conseguimos títulos de expressão, mas infelizmente a Libertadores não foi possível. Tínhamos condições, éramos melhores do que os nossos adversários. Era gostoso de ver o pessoal jogar bola, a torcida era fantástica. Foi uma experiência maravilhosa mesmo.
Lance: Acha que já é o momento de voltar a trabalhar? Está vendo as melhores possibilidades?
Adilson Batista: Aproveitei para ficar em casa, curtir as filhas, a esposa, ver os amigos... A rotina dos treinos, estresse não tem. Mas acompanhei a Copa do Mundo, estou acompanhando o Brasileiro. Conversei com profissionais, fui ao CT do Atlético-PR e conversei com o (Paulo César) Carpegiani, meu técnico no Atlético-PR em 2001.
Lance: Assistindo aos jogos do Brasileirão, não dá vontade de estar na beirada do campo novamente?
Adilson Batista: Sou jovem. Precisamos trabalhar. Vou trabalhar. Não sei se daqui a pouco, daqui um mês, se vou para fora. Daqui a pouco volto a trabalhar, é normal. Não quero tirar o lugar de ninguém, mas sou solicitado, há especulação.
Lance: Você recebeu alguma sondagem ou proposta nesse tempo?
Adilson Batista: Recebi. Também recebi algumas coisas de fora. É algo normal. Quando estava trabalhando no Cruzeiro, também. Faz parte.
Lance: Ficaríamos surpresos se em breve você estiver trabalhando em alguma equipe da Série A?
Adilson Batista: Não seria surpresa, é algo normal. Posso trabalhar na Série A, na B, lá fora... Sem problema.
Lance: Você percebeu que nós somos um pouco insistentes...
Adilson Batista: Entendo. Mas não é que eu esteja me escondendo, não é isso. É que não adianta falar sobre determinados clubes que tem treinadores. Não posso. Especulação sempre existe. No caso do Grêmio, estou torcendo para o Silas (ficar). Ele é jovem e capacitado, mas tem cobrança, pressão.
Lance: Pode ser a partir de segunda?
Adilson Batista: (Risos) Segunda-feira vou trabalhar. Sou paranaense. Sou trabalhador. Gosto de trabalhar.
Lance: O que fez você começar a ser apontado como um dos grandes treinadores do Brasil?
Adilson Batista: O Brasil tem grandes treinadores. Procuro aproveitar as oportunidades. Mesmo com cobranças pelo resultado, o que importa é ter consciência de um bom trabalho. O Carpegiani via no Cruzeiro um grande time. A gente tem a consciência tranquila. Quem sabe segunda-feira, eu não esteja trabalhando (risos).
Adilson evita comentar sondagem do Corinthians: "Não dá para se pronunciar enquanto o clube tiver treinador"
Foto:
Ian Salas